Deus vê o coração

“O Senhor diz: Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens.” (Isaías 29.13)

É possível alguém parecer bastante saudável, não dar mostras ou sinais de enfermidade e, repentinamente, falecer, revelando ser portador de uma grave enfermidade. Aconteceu no último dia 5 de janeiro com um personal trainner de 33 anos. Sentiu-se mal enquanto se exercitava na academia onde também dava aulas e faleceu antes que pudesse ser ajudado. O esperado é que a prática de exercícios físicos contribua com a longevidade mas, no caso dele, abreviou sua vida. Notícias posteriores deram conta de que ele era portador de uma cardiopatia e seu coração estava aumentado. No campo espiritual também pode haver contradições similares. É de se esperar que pessoas que levam a sério sua religião também tenham atitudes cristãs e vivam vidas cristãs. Mas nem sempre é o caso. No tempo de Isaías, no tempo de Jesus e também hoje, as aparências religiosas encobrem corações não reconciliados, de fato, com Deus.

No tempo de Isaías a nação mantinha-se envolvida nos ritos da lei, mas em completo distanciamento do espírito da lei. Ele profetizou cerca de 700 anos antes de Cristo e declarou a avaliação de Deus sobre a espiritualidade de seus compatriotas. O templo estava cheio, os holocaustos estavam acontecendo, os salmos estavam sendo cantados, o sábado estava sendo observado, mas o coração deles estava distante de Deus. Eles estavam seguindo as regras litúrgicas escritas nas orientações dadas por Moisés, mas Deus diz que não passavam de regras de homens, porque o ensino de Moisés não era um fim em si mesmo. Jamais a relação com Deus foi ou será um ritual para ser praticado. O coração, o temor, a submissão são essenciais. Ir ao templo e praticar os ritos, mas agirem em desacordo com o coração de Deus, sem bondade e sem amor para com o próximo, era um despropósito. Deus condenou a atitude deles.

Certa vez os líderes religiosos criticaram os apóstolos porque comiam sem lavar as mãos, em desacordo com o que dizia a Lei cerimonial da purificação. E então Jesus os repreendeu e citou este texto de Isaías (Mt 15.7-9). Ele explicou que o sentido de manterem-se puros tinha a ver com o coração, que é de onde vem os maus pensamentos, roubo, homicídio, adultério e que são essas coisas que, de fato, contaminam o homem (Mc 7.20-23). Mas, para eles, lavar as mãos antes de comer representava tudo. Devemos ter cuidado para não estar entre os que repetem essa aparente espiritualidade e confundem forma com conteúdo, rito com vida. Devemos avaliar nosso comportamento fora do templo, quando não estamos no culto ou no domingo. Estamos agindo de forma cristã neste outros momentos? Temos amado a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmo? Que em 2016 haja mais verdade em nossa religiosidade. Que, vendo nosso coração, Deus não veja distancia entre ele e nossos lábios! Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com você.

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