Desintendência

Esse escriba, que vive se metendo em lides noticiosas políticas, cada vez mais se desentende do canhestro metiê. Saíram as pesquisas.

Primeiro saiu a do Instituto Vox Populi, dando 8% de frente para Dilma Roussef. No outro dia, saiu a DATAFOLHA dando empate com Serra um ponto à frente. Em quem acreditar? Por que o DATAFOLHA tem que ter uma credibilidade tão grande, que só sua pesquisa é citada? Sebastião Néry, com a isenção que o caracteriza (é contra Lula por ser collorido) afirma que o DATAFOLHA é o único que não vende pesquisa, ou seja, é o único que não as faz por encomenda. Faz sim. Faz para a Folha de São Paulo, que paga, mesmo sendo do mesmo grupo e faz para as Organizações Globo, que também paga. Como os outros, vende os serviços que faz, o que é justo. Se os outros institutos vendem os resultados, aí Nery deve ter prova do que fala e cabe aos outros processá-lo para que prove.

 

É próprio de derrotados desclassificar pesquisas.

Estimulada ou espontânea?

Esse ignorante escriba, que nada entende de política, perguntou a vários analistas qual a pesquisa mais importante, se a estimulada ou a espontânea. Pedimos uma explicação clara e lúcida, baseada na ciência. Pois todos explicaram que a pesquisa que vale é a espontânea, aquela em que se pergunta diretamente ao eleitor em quem ele vai votar, sem mostrar o cartão com os nomes. A explicação: na espontânea, o voto do eleitor já está consolidado. Pois a pesquisa DATAFOLHA dá, na espontânea, Dilma com seis pontos à frente de Serra. Mais: a ex-ministra tem uma rejeição menor. Mais ainda: Lula, na espontânea, mesmo sem ser candidato, tem 4% de votos, que devem ser direcionados à Dilma, pela lógica. Porque nenhum jornal dá importância à pesquisa espontânea e trata a estimulada como a única que vale?

Mistérios…

Abandono

Os dependentes de insulina em Teixeira de Freitas (será que está assim também no resto do Estado?) estão passando o maior perrengue. Esse escriba, há trinta dias, foi pegar no Posto o seu suprimento da tal substância. Toma três aplicações por dia, 100ml de NPH e 10 de insulina regular. Há um mês atrás, a atendente afirmou que teria que diminuir o suprimento fornecido da NPH, e, pior, não havia a regular. Segundo tal pessoa, o fornecimento é feito pelo Estado, que não havia mandado a insulina regular. Fui à Drogaria Socorro e encomendei a regular, R$ 65,00 o frasco. Um mês depois, voltei ao posto para pegar mais NPH: recebi apenas um frasco e a informação de que a regular continuava em falta, pois o estado, via DIRES, não mandava. Perguntei à atendente: e se o cidadão for pobre e não puder comprar o medicamento? A resposta: “-Não podemos fazer nada, pois quem fornece é o governo do estado, através da DIRES.” Entrei em contato com a DIRES e a farmacêutica de lá explicou que a distribuição da NPH estava normal e que a regular vem diretamente do Governo do Estado para a Prefeitura e que fizéssemos contato com a enfermeira da Prefeitura para saber. Frisei à farmacêutica da DIRES que a falta da insulina regular já durava, no mínimo, 2 meses, falta testemunhada por mim, que tive que encomendar o medicamento na farmácia. Liguei para a Farmácia Básica, ali na Sagrada Família e, pela manhã, por volta do meio-dia, o telefonema não foi atendido, apesar de um aviso dizer que o atendimento para entrega de insulina ia de 7às 13h. À tarde, ligamos outra vez e dessa vez foi pior: o número fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde e confirmado, o 3011-9131, nem ao menos chamava. Resumo da ópera: a insulina NPH, fornecida pela DIRES, está racionada, apesar da DIRES afirmar que tem fornecido o medicamento à Prefeitura. A insulina regular, essa, que segundo a DIRES é apanhada pela Prefeitura em Salvador, não tem na Farmácia Básica há mais de dois meses. Esse escriba pode pagar os R$65, 00, mas e as pessoas carentes? Farão o quê?

O placar continua contra o povo: Falta de Insulina 2 x 0 Diabéticos.

O que estará acontecendo?

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