A deputada estadual Ângela Sousa(PSD) participou da tarde desta quinta-feira (19) da sessão especial promovida pela Assembleia Legislativa da Bahia em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, onde foi debatido o projeto de Reforma Política e prestada uma homenagem In Memoriam a Professora Ana Alice Costa, ex-diretora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) e que sempre lutou pelos direitos das mulheres. Representando a Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa, Ângela Sousa entregou uma homenagem a dona Senira Costa, mãe da professora Ana Alice Costa, e relembrou a história de luta e o exemplo de determinação deixado pela professora.
Na avaliação da deputada estadual, foi feliz e oportuna a iniciativa da Assembleia Legislativa da Bahia, através da Comissão de Direitos da Mulher, de homenagear a mulher trazendo para reflexão uma discussão tão importante o debate sobre o papel feminino na reforma política. “Somos a maioria da população brasileira e precisamos estar atentas, alertas e presentes, pois somente só com a garra, com a força, com a determinação e com a sensibilidade da mulher essa reforma poderá sair de fato do papel e acontecer com as necessárias mudanças e transformações”, defendeu.
De acordo com Ângela Sousa, é importante e oportuno colocar na pauta da Reforma Política questões como financiamento de campanha, fim ou não da reeleição e do voto obrigatório e a unificação das eleições no país. Mas, segundo ela, para a Reforma Política surtir efeitos mais profundos, é necessário que ela adentre em questões estruturais como o debate de gênero e a participação da mulher.
“Podemos dizer sim que somamos já vitórias importantes com a participação da mulher na política e estar à frente de decisões importantes da sociedade, mas essa presença é ainda tímida diante da nossa competência e da contribuição que podemos dar em cada uma de nossas áreas, principalmente com o envolvimento maior da mulher na política”, argumentou a parlamentar.
Ângela Sousa explicou que não se pode falar em reforma política sem que haja ações afirmativas por parte do Estado visando fomentar a paridade de gênero. “E porque precisamos ter mulheres nos espaços de poder? Por mais bem intencionado que alguns homens possam ser, somente quem sofre cotidianamente com esses sistemas, com essa desigualdade, sabe como e onde ele age, e quais seriam as possíveis soluções. Assim, para que tenhamos mais políticas para as mulheres é preciso que tenhamos mais mulheres na política”, complementou a deputada estadual.