A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB) confirmou, na tarde desta quarta-feira (4), a quinta morte provocada por dengue hemorrágica neste ano na Bahia. Um exame constatou que uma mulher de 59 anos morreu na noite do último sábado (31), em Salvador, do estágio mais grave da doença, o hemorrágico.
Nerivalda Almeida de Oliveira ficou internada durante três dias com suspeitas de dengue no Hospital Regional Vicentina Goulart, em Jacobina, a 330 quilômetros de Salvador. Na sexta-feira (30), ela foi encaminhada para a capital baiana e internada no Hospital Aliança. A mulher que sofria de hipertensão e diabetes, morreu por volta das 22h30 de sábado. Um teste rápido feito no laboratório do Hospital Aliança confirmou a doença. Mas o resultado do exame específico só foi divulgado nesta quarta-feira (4).
Em 21 de fevereiro, um médico ilheense, Igor Caldas Porto, que trabalhava em Jacobina morreu vítima da doença. O homem chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Rafael, em Salvador, mas não resistiu. O último boletim epidemiológico da SESAB, com dados referentes até o dia 24 de março, contabiliza outras quatro mortes provocadas por dengue hemorrágica. As mortes ocorreram em Salvador, Jacobina, Conceição do Jacuípe e Guanambi. No total, 50 casos de formas mais graves da doença foram registrados em 23 municípios da Bahia.
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas. Nesse tipo de dengue, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Fonte: O tabuleiro