Delegado cita bebê, sangue e Bola como provas no caso Eliza

Inquérito sobre o sumiço e suposta morte da jovem foi concluído na quinta. Delegado relatou três provas de que ela foi assassinada

Delegado cita bebê, sangue e Bola como provas no caso ElizaAs buscas pelo corpo de Eliza Samudio continuam, apesar do encerramento das investigações sobre o desaparecimento e suposta morte da jovem. A informação foi dada pelo delegado Edson Moreira, presidente do inquérito sobre o caso, em relatório divulgado à imprensa nesta sexta-feria (30).

Ele também participou de uma entrevista coletiva nesta sexta, e relatou provas técnicas que, segundo ele, embasam a tese apresentada pela equipe de investigações.

O inquérito foi encerrado na quinta-feira (29) e entregue à Justiça nesta sexta. Mesmo sem a polícia ter encontrado vestígios do corpo de Eliza, nove pessoas foram indiciadas por suspeita de envolvimento na morte da jovem.

Para o delegado, há três provas de que a jovem foi morta. São eles:

1 – o sangue dela encontrado em um dos carros de goleiro;

2 – o resgate do filho de Eliza (que foi encontrado na casa de uma mulher desconhecida, em Ribeirão das Neves, em Minas Gerais); e

3 – a contratação do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também conhecido como Bola e Paulista.

Eliza está desaparecida desde o início de junho. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno de Souza, e tentava provar, na Justiça, que teve um filho do atleta. Moreira disse que a gravidez “despertou a ira de Bruno” e que ele e os amigos planejaram o assassinato da jovem. A criança tem, hoje, cinco meses de idade, e está com a mãe de Eliza, em Mato Grosso do Sul.

Moreira afirmou que o filho de Eliza seria uma “garantia” para ela obter a pensão que vinha pedindo ao goleiro Bruno e que a mãe não iria abandonar o bebê por vontade própria.

Moreira acredita que o crime foi premeditado. As investigações se basearam no primeiro depoimento dado por um adolescente que foi detido na casa de Bruno, no Rio de Janeiro. Depois, o menor mudou suas versões e chegou a desmentir toda a história, de acordo com o advogado dele, Eliézer Jônatas de Almeida Lima.

Para o delegado, o primeiro depoimento foi “científico e coerente”.

O pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, foi até o Departamento de Investigações, nesta tarde. Ele chorou durante a entrevista do delegado. “Não vou descansar enquanto não encontrar Eliza. Essa é a próxima etapa”, disse ele, ao deixar o prédio. O advogado Sérgio Barros da Silva, que defende Luiz Carlos, disse que o cliente ficou “feliz com o trabalho da polícia”.

Histórico

Na entrevista desta tarde, Moreira disse que, durante 40 dias, trabalharam no inquérito cinco delegados, 20 agentes e dez peritos. Ele apresentou uma linha do tempo sobre o suposto sequestro e a possível morte de Eliza Samudio.

Inquérito

O inquérito tem oito volumes, com cerca de 1.600 páginas e três anexos. O goleiro Bruno de Souza, Luiz Henrique Ferreira Romão (conhecido como Macarrão), Flávio Caetano de Araújo; Wemerson Marques de Souza, Dayanne Souza (mulher de Bruno), Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales (primo do atleta) e Fernanda Gomes de Castro (amante do goleiro) foram indiciados por homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

 

Fonte: G1, com informações da Globominas.com

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