“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6)
Paulo estava convencido de que Deus está realizando uma boa obra na vida de todos que recebe como filhos. Uma obra que não ficará incompleta. Deus não costuma deixar as coisas inacabadas, pela metade. Ele sempre termina uma arte que começa. E tudo que Ele faz é bom, muito bom. É belo, muito belo. As pessoas que estão sob a atuação de Deus terminarão mais completas, mais sensatas, mas maduras. Jamais o contrário! Em nossa fé temos o privilégio de fazer cosias, mas a vida cristã se define mesmo, tem a sua essência, no que Deus está realizando em nós. E devemos ter cuidado para que, o que estamos fazendo “para Ele”, não seja um impedimento para o que Ele quer fazer. Pois em Seu Reino, é Ele quem “efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele.” (Fl 2.13) Deixe-se convencer disso e viva. Do contrário em lugar de graça haverá lei, em lugar de leveza, peso. E “servir a Deus” poderá acabar nos matando!
A vida cristã só pode ser vivida nesta base: nossa atuação no Reino de Deus como resultado da atuação de Deus em nossa vida. Somente assim poderemos honrá-lo. Timothy Keller, em seu livro “Gálatas para Você”, oferece-nos um estudo profundo e cheio de ensinamentos sobre as perspectivas de Paulo na carta Aos Gálatas. Ele afirma que “a aprovação divina nos liberta para vivermos da maneira que Deus aprova”. Ele está completamente certo. É um grande equívoco contrariar essa ordem. É uma grande perda tentar viver da maneira que Deus aprova para que conquistemos Sua aprovação. Pois não temos recursos para verdadeiramente viver assim. Somos aprovados pela graça e aí poderemos viver da forma como Ele aprova.
Precisamos aprender a viver confiando completamente e somente no que Cristo fez por nós. Precisamos abandonar a ideia de que podemos pagar algum tipo de preço para viver com Deus. Cristo pagou o preço e o pagou totalmente. Isso não faz sentido para nossa lógica, mas faz todo sentido na perspectiva do Evangelho. Negar a si mesmo, resistir a tentação, amar o inimigo, perdoar quem nos ofende, comprometer-se financeiramente com o Reino, disciplinar-se para orar, servir e levar a outros a mensagem, não é pagar preço pois fomos incluídos no Reino pela graça. Tudo isso deve ser expressão de nosso amor e gratidão pelo imensurável amor de Deus. E quando é tudo fica leve e aí servir a Deus não nos matará. Ao contrário: dará completo sentido à nossa vida!