“Defendemos as prerrogativas da advocacia 24 horas por dia, sete dias por semana”, afirmou o conselheiro federal da OAB, Fabrício Castro, nesta quinta-feira (9), ao ressaltar a importância do ato de desagravo público em frente à delegacia da 7ª Coorpin, em Ilhéus.
De acordo com Fabrício, a mobilização resultou na disponibilização de uma sala dentro da unidade de polícia para que os advogados atendam os seus clientes.
Os profissionais do Direito se manifestaram na terça-feira (7) contra as agressões sofridas por colegas em abril deste ano, em Ilhéus, onde um advogado de defesa foi proibido de acompanhar o depoimento de um cliente levado até a 7ª Coorpin, após ser preso em flagrante.
No episódio, dois representantes da OAB também foram agredidos fisicamente por policiais civis, que chegaram a apontar armas à cabeça dos três advogados envolvidos no caso, na tentativa de intimidá-los.
O ato de desagravo, segundo Fabrício Castro, fortalece a advocacia. “Eu tenho a convicção de que a mobilização provocou até na polícia a compreensão da importância da advocacia”, disse.
Para ele, é preciso deixar claro à sociedade e às autoridades que os advogados são indispensáveis à administração da Justiça. “Para exercemos a nossa profissão, precisamos do respeito às prerrogativas”.
Conselheiro estadual da OAB, Martone Maciel foi um dos advogados agredidos por policiais na noite de 6 de abril, em Ilhéus. Ele acredita que o ato público representa um marco regional na atuação da Ordem em defesa das prerrogativas.
“O posicionamento firme do Conselho Seccional da OAB-BA e da Subseção de Ilhéus demonstra que a nossa instituição não transige e nem transigirá com as prerrogativas dos advogados, ferramenta essencial para que possamos exercer uma advocacia livre e independente”, assinalou.
Fabrício Castro reiterou as palavras do colega. A atuação da comissão de prerrogativas da OAB, segundo ele, tem sido vigilante no combate às violações dos direitos dos advogados.
“A luta da Ordem em defesa das prerrogativas tem melhorado, o que não tem melhorado é a cultura. As pessoas não têm dimensão do que são, para que servem e a quem atendem as prerrogativas”, pontuou.