“Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e sobre ele arrumou a lenha. Amarrou seu filho Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha.” (Gênesis 22.9)
Esta semana vamos tentar calçar as sandálias de Abraão e, a partir das experiências de sua vida, extrair lições para a nossa. A vida do patriarca judeu é cheia de lances interessantes, para dizer o mínimo. Ele deixou sua família de origem e tornou-se um nômade. Ele e sua esposa, Sara, tiveram um filho milagrosamente, por promessa de Deus. Ela já estava na menopausa e era estéril. Jamais pudera ter filho embora tanto desejasse. Mas de todos os momentos e desafios que enfrentou na vida, nenhum se compara ao de se dispor a atender o mais difícil pedido de Deus: que sacrificasse Isaque, o filho que teve com Sara e que era resultado da promessa de Deus. Podemos dizer que Abraão realmente levava Deus à sério. Suas atitudes de fé são desconcertantes para a esmagadora maioria de nós.
Pensamos muito em fé influenciados pela ideia de receber. Queremos crer muito para receber o que pedimos. Mas, e quanto a dar? Nossa fé nos move para entregar tanto quanto para receber? Pensamos em fé como algo que “move a Mão de Deus”. Diversas igrejas usam bastante esta perspectiva. É o poder da fé aplicado a Deus, para leva-lo a agir, atendendo-nos. Mas nem sempre consideramos a fé como algo que deve nos mover. Com sendo o poder que nos faz agir, que nos leva a obedecer. Abraão creu de tal forma em Deus que deixou sua terra e estava a ponto de sacrificar seu amado filho Isaque, o filho de sua velhice. Não temos nenhum outro pedido como esse nas Escrituras. Ao contrário, é Deus quem sacrifica Seu filho por nós. Mas há algo que precisamos aprender com a experiência de Abraão.
Precisamos considerar o sentido prático de nossa fé, sua efetividade em nossa vida. O quanto ela nos move para servir, a nos doar, a nos sacrificar? Até onde estamos dispostos a ir pela fé que temos em Deus. Estamos dispostos a dizer não a nós mesmos, a dedicar tempo a algo, a comprometer alguma parte de nossos recursos, a servir de alguma maneira? Que implicações tem havido para sua vida o fato de você crer em Deus? Tudo que amamos e em que cremos, interfere em nossa vida. Acordamos cedo para nos dedicar ao que gostamos. Gastamos dinheiro com o que valorizamos. Que movimentos a fé que temos em Deus nos tem levado a fazer? Tiago diz que a fé produz obras, a menos que seja uma fé morta. De que tipo é a sua fé?