Dando descanso à própria alma

“De fato, acalmei e tranquilizei a minha alma.” (Salmos 131.2a) 

De que outra forma podemos, verdadeiramente, desfrutar calma e tranquilidade? Somos responsáveis por nossa alma e cabe a nós ajuda-la a descansar. Nossa alma inquieta e agitada pode ser resultado de muitas causas. Na maioria das vezes é resultado de escolhas erradas, de mentiras que abraçamos como se fossem verdades e que nos influenciaram em rumos e atitudes equivocadas. Independente da causa, somos nós os responsáveis por buscar a cura. Ela dependerá do que escolheremos fazer a respeito. Nos salmos encontramos muitas orientações. Davi declarou que, diariamente, mantinha sua comunhão com Deus de modo que, apesar do que pudesse acontecer, ele não seria abalado (Sl 16.8). Paulo orientou os cristãos de Filipos a orarem, apresentando a Deus suas súplicas, dependendo de Deus para serem sustentados. Fazendo isso eles poderiam desfrutar uma paz inexplicável (Fl 4.6-7).

A tranquilidade e a calma de nossa alma dependem das verdades que orientam nossa vida. Jesus declarou: “Vocês vão conhecer a verdade e a verdade vai libertar vocês” (Jo 8.32). Ele estava falando de conceitos sobre a vida e a morte, mas também estava falando sobre si mesmo, pois declarou “eu sou a verdade” (Jo 14.6). Por isso também disse: “Se o Filho libertar vocês, vocês verdadeiramente serão livres” (Jo 8.36) O salmista não tinha tudo isso em mente quando escreveu seu poema, mas seu poema não chega a nós apenas como um texto, mas como Revelação. Ao falar de tranquilidade, toca em nossa intranquilidade. Ao falar de calma, toca em nossa agitação. Estar estressado, esticado ao limite, é o padrão. Mesmo na igreja, parece que todos estão pela última gota, a ponto de transbordar. Há um peso excessivo que tentamos carregar ou talvez seja apenas o peso da vida, mas que tentamos carregar de forma errada. Isso é coisa do reino dos homens. Jesus nos trouxe o Reino de Deus.

Como é reconfortante ver uma criança dormir ou brincar. O momento é tudo, não é preciso muito. É assim uma alma tranquilizada e calma. É como devemos buscar que nossa alma seja. O salmista disse que tranquilizou e acalmou sua alma e devemos fazer o mesmo com a nossa. Uma alma tranquila é resultado de certezas que não podem ser frustradas. É resultado de sentir-se amado, incondicionalmente e eternamente. É resultado de saber-se perdoado e aceito. Nossa alma não se veste de roupas, mas de amor. Não se alimenta de pão, mas de propósitos. Cuidar da alma não é caro, porque Cristo já pagou o preço. Para acalmar e apaziguar a alma não devemos nos apegar, mas nos entregar. Crer no amor de Deus, banhar-se na graça de Cristo e alimentar-se da direção do Espírito Santo. É assim que se pode dar descanso à própria alma. Os recursos não são nossos, mas é nossa a responsabilidade.

 

ucs

 

 

 

 

 

 

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