Cuidado com as viroses pós-Carnaval

Cuidado com as viroses pós-CarnavalO carnaval é uma festa de muita alegria e diversão, mas pode trazer algumas consequências como gripes e viroses. As doenças são comuns nesta época do ano e os cuidados já devem começar porque o verão está quase terminando com muito calor e o outono vem aí, no próximo dia 20, a estação das chuvas, propícia a se adquirir gripes, asma e rinite alérgica. A gripe do Carnaval deste ano já está sendo batizada de “Minha gripe não deixa não” (alusiva à música “Minha mulher não deixa não”), cujo refrão seria “vou não, quero não, minha gripe não deixa não”.

De acordo com a médica cardiologista e clínica-geral, Maria Amélia Bulhões Hatem, responsável pelo Centro de Diagnóstico Integrado da Bahia (Cediba) – Garibaldi e Cot, este tipo de gripe “é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Ela pode afetar milhões de pessoas a cada ano. É altamente contagiosa e ocorre mais no final do outono, inverno e início da primavera”, informou.

A especialista explicou que existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e outros animais, enquanto que o Influenza B e C infecta só humanos. O tipo C causa uma gripe muito leve e não causa epidemias. De uma maneira geral, o vírus Influenza ocorre de forma epidêmica uma vez por ano. “Qualquer pessoa pode se gripar. Contudo, as pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica, imunidade enfraquecida e idosas têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações fatais”, advertiu.

A médica salientou que se deve procurar logo um médico quando os sintomas se apresentarem: febre, calafrios, suor excessivo, tosse seca que pode durar mais de duas semanas, dores musculares e articulares (dores no corpo) que podem durar de 3 a 5 dias, fadiga que pode levar mais de duas semanas para desaparecer, mal-estar, dor de cabeça, nariz obstruído e irritação na garganta.

Outros tipos de doenças podem aparecer neste período como a asma, doença inflamatória crônica das vias aéreas, e rinite alérgica, inflamação da mucosa do nariz. Sobre estas doenças, Maria Amélia disse que a asma acontece em indivíduos susceptíveis a esta inflamação que causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. “Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população.

Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

No caso da rinite, a médica afirma que “uma em cada sete pessoas apresenta rinite alérgica, tanto adulto quanto criança. As rinites têm várias causas, desde resfriados, produtos químicos irritantes, até medicamentos e alergia. Os sintomas são muito parecidos entre todos os tipos de rinites e muita gente pensa que rinite alérgica é um resfriado que não passa nunca ou uma “sinusite” com dor de cabeça crônica” .

A cardiologista e clínica-geral adverte que para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidados com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho. Junto, deverá usar medicações e manter consultas médicas regulares. “A rinite alérgica tem tratamento, mas não tem cura. Quem tem rinite alérgica pode viver sem sintomas, como qualquer um, quando a rinite for tratada corretamente”, sinalizou.

É preciso estar atento aos sintomas das viroses
Como nesta época também aparecem as viroses, a médica Maria Amélia Hatem define “a palavra vírus é de origem latina e significa veneno. Os sinais e sintomas das viroses são bastante diversificados, levando-se em conta aspectos como: o tipo de vírus envolvido, estado geral de saúde do indivíduo e a presença ou não de bactérias oportunistas agravando o quadro clínico. Não há procedimento específico para as viroses. Em geral, faz-se o combate aos sintomas presentes, como febre, dor de cabeça, mal estar, indisposição e falta de apetite”.

Em relação a existência de remédios adequados para estes tipos de sintomas, Hatem disse que “recentemente os laboratórios farmacêuticos têm conseguido produzir algumas drogas que interferem no mecanismo de fabricação de componentes virais, porém, muito longe de se atingir a eficácia necessária para conter este mal que corresponde a 2/3 de todas as doenças infecciosas conhecidas. É importante salientar que a grande maioria das viroses evolui naturalmente para a cura”.


Fonte: Noemi Flores / Tribuna da Bahia

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