Pelas ruas de Salvador observo muitas crianças pequenas e ainda com um pouco de jeito inocente, que diz que elas não têm ideia do tipo de mundo que vivem, apenas a realidade de um lugar escuro e triste, tento ler seus olhares quando se aproximam do carro, não demonstram nenhum traço de emoção, são enviados pelos pais, no intuito de emocionar para ter algum dinheiro. Seus muros são feitos de pobreza e rejeição e quando crescerem começarão a ver que vivem, no abismo da beirada do mundo e não em terra firme, e que o estômago não tem sexo; e a natureza tem exigências fatais. Experiências, interação humana genuína não estão no seu mundo e quando existem é no mundo marginal sem a proteção do dinheiro isolante.
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