Crer não é Preciso: É tão só Indispensável!

“A Esperança não murcha, ela não cansa,/Também como ela não sucumbe a Crença /Vão-se sonhos nas asas da Descrença, /Voltam sonhos nas asas da Esperança”, Augusto dos Anjos (1884-1914).

 

Quais os requesitos, os meios ou a fórmula para que a pessoa humana alcance o sucesso, o bem-estar social e a convivência minimamente harmônica, nessa imensa babel, ora local ou transnacional, de tantas etnias e diversificadas geografias globais?

Os avanços da ciência e a qualidade de vida têm em comum um vinculo fortíssimo que os une ao desenvolvimento econômico e todos eles pela adoção de planejada política educacional – ícone dos altares daqueles que veem a Educação como princípio, meio e fim da transformação materializada -, já vista nos países que superaram a miséria desde o pós-guerra dos idos de 1945 e estão a promover, na atualidade, uma sociedade mais equilibrada em segurança pública, saúde, emprego e renda, e harmonia social.

Independente dos valores e da fé de cada um, o espírito humano está sempre voltado para o amanhã na crença da superação dos obstáculos em direção a melhores dias, buscando meios e espaços para alcançar ideais, sonhando e realizando, assim, nas asas mais que poéticas da esperança para erguer concretamente o seu futuro!

Sonhos e crenças se unem, de forma indispensável, no desideratum do amanhã como insumos indispensáveis ao alcance da transcendência para  o advir, um futuro visto pela educação transformadora, mola mestra a impulsionar os que nela creem, num projeto de metamorfose em longo prazo e de arrojada decisão política.

Por que os países do mundo asiático, aexemplo do Japão e da Coréia do Sul, evoluíram após a maior guerra que a história registrou, inclusive alcançando na Europa uma Alemanha arrasada e dividida por facções ideológicas antagônicas, até então em confronto de “guerra fria”, mas, no fundo, muito mais de hegemonia e sede de poder global?

A reposta aos avanços obtidos encontra-se na crença fundamentada no princípio dos princípios que a todos harmoniza, fez e faz a diferença: Educação ungida a prioridade máxima!

Na sua “guerra” particular contra o atraso social, derivado da conduta do econômico e este, em parte, da manifesta péssima administração dos recursos públicos nacionais nos últimos anos, a crença há que ser cultivada não apenas como esperança, porém, e, sobretudo, pelo que o mundo da atualidade tem efetivamente demonstrado através da Educação, da tecnologia dela resultante e dos seus desdobramentos econômico-sociais.

Superar o atual estágio de terra arrasada brasileiro exige uma visão incomum de quem administra o poder nacional e possui o dom da crença. Afinal, qual a sociedade que evoluiu sem atentar para o crescimento das capacidades intelectuais do homem, numa palavra o desenvolvimento do seu senso crítico e de suas habilidades para realizar, relacionar-se e ser feliz?

Até porque, num simples e lógico raciocínio, se os outros países com muito menos potencial que o Brasil alcançaram a trilha do sucesso, via Educação, não custa segui-los para os destinos de grandeza da amada e festejada Pindorama.

Afinal, crer é tão só indispensável quanto necessário!

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