Correspondente de Guerra

Correspondente de Guerra

A coisa mais terrível do mundo é isso, ficar de pé, junto a centenas de milhares de palestinos desabrigados, vendo as carroças com cadáveres das pessoas que os israelenses haviam matado, mas me surpreendi com algo limpo que encontrei, inesperadamente, nas imagens, jornalistas brasileiros, trabalhando aparentemente sem medo, do sentimento de que poderia morrer naquele instante, do sentimento vivido de ver o sangue de centenas de milhares de pessoas mortos.

Ousei pensar que ali existia, uma vida em harmonia consigo próprios, com a humanidade e com o universo. Os olhos abertos sob as sobrancelhas que observavam tudo com distanciamento. A cabeça na zona de guerra interpretando a realidade de uma forma estoica, com coragem, lidando com o estresse e a ansiedade e tratando a insegurança e sentimentos e sensações de negatividade.

Este é o problema da guerra: ela não leva em consideração sonhos e projetos pessoais dos jornalistas que eles têm, de seguir os projetos dos que fizeram a guerra, e apesar do perigo, vão de forma estoica em busca da notícia onde quer que ela esteja.

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