Organizações produtivas da agricultura familiar do Bioma Mata Atlântica, apoiadas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), participaram, nesta quarta-feira (1º), de uma oficina virtual sobre crédito de carbono.
O crédito de carbono é um mecanismo de compensação ambiental em que as cooperativas se comprometem a restaurar ou preservar o meio ambiente para que as mesmas possam investir em seu negócio e sejam beneficiadas com investimentos socioprodutivos.
O representante do Fundo Francês Livelihoods Carbon Funds, Nicolas Fabre, apresentou e esclareceu dúvidas sobre o Fundo de Compensação de Carbono e as possibilidades para as cooperativas e associações. A organização acompanha as corporações para transformar, de forma sustentável, suas cadeias de abastecimento e reduzir sua pegada de carbono.
O Fundo conta com um modelo de negócios inovador, onde empresas, investidores financeiros e instituições unem forças para investir em projetos de compensação de carbono de longo prazo, com fortes benefícios para as comunidades locais.
Segundo o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, a empresa vai iniciar, em breve, um novo projeto: Parceiros da Mata, que dialoga com essa proposta. “Estamos realizando esse momento com organizações dos territórios Baixo Sul, Litoral Sul e Vale do Jiquiriçá que farão parte desse projeto. A ideia é que a CAR esteja presente nessa estratégia e esse diálogo gere grandes resultados para essas regiões”.
A Oficina também contou com a participação do assessor técnico da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-Bahia), Wilson Dias. “A agricultura, de um modo geral, é a fonte para fazer essa compensação de carbono e os agricultores são protagonistas através das práticas em suas propriedades. O objetivo é zerar o carbono na atmosfera. O grande propósito é de como as organizações da agricultura familiar vão participar desse mercado de carbono. Queremos que a agricultura familiar participe disso”.
A ideia é que a Unicafes apresente uma proposta ao Fundo que favoreça as cooperativas para que essas invistam em projetos e se comprometam, ao longo de 10 anos, a preservar e restaurar uma determinada área de compensação de carbono.