Conflito de Gerações

Conflito de Gerações

Existiram diferenças entre a minha geração e a de meu pai, mas não era um abismo, sim, que o conflito de gerações é um clássico na vida de qualquer um, mas este conflito se dava no mesmo universo. Poderia haver divergências, mas comíamos todos à mesma mesa, a música vinha do único equipamento de som instalado na casa, discutíamos, mas dentro de um universo comum. Não é mais assim. Partiu-se uma corrente da qual eu sou o último elo, esta nova geração saiu do nosso universo. A questão é: que novas correntes estarão sendo formadas pela juventude, neste novo mundo? Que se comunica a distância com os outros, que perdeu o idealismo, que ficam confusas com tantas opções de carreira?

Estão sempre plugados, mas cada fez mais desconectados de nós, os últimos analógicos desta era, que tínhamos uma vida muito mais restrita, com limites mais estreitos, sem zumbido eletrônico, este mundo tecnológico que parece deixar para trás os laços familiares e as convicções religiosas.

Acho só a minha opinião, não sou dono da verdade que a vida nunca pareceu tão frágil ou tão cheia de ameaças. O pânico arranha com garras febris o fundo da mente da juventude, que não consegue viver uma vida culta, ao relento das ideias radicais de hoje, lendo, sonhando, e pensando, uma vida suficientemente lenta para estar sempre à beira do tédio, bastante meditada. Viver essa vida longe da velocidade das redes sociais, e-mails, etc. Viver só no pensamento das emoções e na emoção dos pensamentos. Reconhecido ao sol do seu brilho e às estrelas do seu afastamento. Não ser mais, não ter mais, não querer mais. Onde está nova geração quer chegar?

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