“Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção.” (Efésios 4.30)
Este é para mim um texto muito intrigante. Há outros, obviamente. Mas reforça minha convicção de que o cristianismo bíblico é um relacionamento de fé entre Deus e pessoas que creem. Deus mesmo é quem o inicia e o sustenta. Nós temos o desafio de crer e agir em obediência a Ele. Não se trata de regras e ritos, mas conhecimento e amor. Ele se realiza com escolhas e conversas, arrependimentos e consagração, comunhão e presença. O Espírito Santo de Deus habita nos Seus filhos (Jo 1.12-13 e Ef 1.13-1)
Somos selados com Ele e isso significa, entre outras coisas, que se estabelece uma conexão divina-humana. E, uma vez que há essa conexão, uma lado afeta o outro. O Espírito Santo nos afeta e, que coisa incrível, nós o afetamos. Tristezas e alegrias transitam nesta relação! É um relacionamento verdadeiro e não apenas uma ficção! Por isso Paulo pede para que não entristeçamos o Espírito Santo pois isso seria grande perda para nós. O entristecimento do Espírito é nosso afastamento de Deus.
Entristecemos o Espírito quando não vivemos nossa comunhão com Ele e agimos considerando apenas nossa vontade, nosso jeito, nossos desejos. Quando negamos nosso compromisso de honrar a Deus. O entristecimento do Espírito gera vazio em nós, nos enfraquece, nos “tira a graça” diante da vida. Todo pecado entristece o Espírito Santo. Não somos fortes para não pecar, mas podemos nutrir nossa comunhão com o Espírito Santo e, com Ele, enfrentar a tentação. Por mais que não entendamos esse mistério, temos essa responsabilidade e este privilégio.