Comerciante é velado em bar com cerveja grátis e roda de samba

Segundo o filho do comerciante, ele sempre quis ter um velório alegre. Caso aconteceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo

Famoso na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, o comerciante Gleisson Silva teve um velório bem inusitado: teve uma roda de samba que durou até o sol raiar e cerveja de graça para os amigos que foram se despedir dele.

Este foi o último desejo de Gleisson, atendido pela família. Ele era dono de um bar na cidade havia mais de 30 anos, e era conhecido por ser um bon vivant que amava o samba e a boêmia.

O comerciante de 68 anos morreu no dia 11 de fevereiro, após sofrer um acidente vascular cerebral em uma viagem a Cabo Frio na terça-feira de Carnaval.

Gleisson chegou a ser internado em um hospital da cidade, mas morreu na sexta-feira (12). Um dos quatro filhos do comerciante, Glaucio Fragosos da Silva, acredita que o pai ficou feliz com a despedida organizada para ele. “Meu pai, quando ia ao velório de algum amigo, voltava triste e cabisbaixo. E ele sempre dizia: ‘no meu velório não quero tristeza, quero samba, quero ser velado dentro do bar'”, disse Glaucio em entrevista ao G1 Espírito Santo.

O número de visitantes foi tão grande que a Guarda Municipal interviu para que o trânsito na região não fosse totalmente bloqueado. O filho de Gleisson estima que ao menos três mil pessoas passaram no local para se despedir do pai ao longo do dia. Os amigos de samba dele levaram seus instrumentos e improvisaram uma roda de samba no bar, tocando as músicas preferidas do falecido.

“Quando o negócio animava demais alguém gritava ‘fala baixo que vai acordar o veio'”, relembra Glaucio. O samba só terminou na manhã do sábado (13), na hora de levar o corpo de Gleisson para o cemitério da cidade. Além da música, a cerveja correu livre durante o evento.

O filho do comerciante estima que 11 caixas de litrão de cerveja, 20 caixas de latão e 15 litros de cachaça foram consumidas durante o velório. “Foi muito bom ver todo mundo, receber as pessoas que meu pai tanto gostava. Era uma pena que ele não pode aproveitar com a gente”, lamentou o filho de Gleisson.

 

 

 

Correio

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui