Colégio estadual em Lajedão recebe o nome da Profª. Neide Soares Borges

Atual CELEM troca de nome em homenagem a antiga alfabetizadora da cidade

Por meio de determinação da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, o atual Colégio Estadual Doutor Luís Eduardo Magalhães (CELEM), situado no município de Lajedão, passará a se chamar Colégio Estadual Professora Neide Soares Borges.

Conforme a Portaria 994/2020, já em vigor, publicada na edição 23.052, de 17 de dezembro do corrente ano, do Diário Oficial do Estado, a mudança de nome da instituição pública de ensino passa a valer a partir de 2020.

“Ficamos muito honrados pela escolha do nome da nossa mãe para esse Colégio, que é tão importante para a formação dos jovens e toda nossa comunidade. Minha mãe (tia Néi), ainda é muito lembrada pelos seus ex-alunos, o que é fascinante depois de tanto tempo“, disse uma das filhas e filhos, Rísia Cristina.

E acrescentou: “Essa escolha, que foi feita pela equipe da escola, a qual agradecemos a diretora Sirlei Brito e toda a equipe, é uma forma de eternizar na memória de todos, a mulher forte e admirável que foi essa professora/educadora. Muito obrigada, a todos os envolvidos“.

“Espero que ao conhecer um pouco da história, cada aluno compreenda a lição, a mensagem que herdamos sobre a importância da educação/formação e os valores éticos em nossas vidas.“

Biografia

Neide Soares Borges, também conhecida como tia Néi, nasceu em 05 de agosto de 1930, em Rubim (MG), filha do senhor Juvêncio Soares Canguçu e senhora Sila Viana. Casada com Miguel Sena Borges, tiveram 11 filhos, sendo dois destes, filhos de coração.

Teve vários ofícios, visando sempre o sustento da família. Entre estes, costureira e professora – profissão a qual exerceu com muita dedicação, durante 20 anos, em um período em que não havia recursos e quase nada contribuía a favor.

Tia Néi, como é lembrada até hoje, trabalhou nas escolas: Escola Alegria e Escola Gilberto Almeida Passos (atual Lápis Mágico), sempre como professora alfabetizadora.

Sempre generosa, dedicada e responsável, praticava a inclusão, quando ninguém imaginava o que isso significava. Suas salas sempre muito solicitadas, ainda assim, conseguia alfabetizar com excelência.

Por não possuir uma formação específica, ser leiga, Tia Néi, teve que encerrar sua prática como professora. Seu exemplo como professora sempre será lembrado carinhosamente pelos ex-alunos e comunidade.