“Qual dos dois fez a vontade do pai?” (Mateus 21.31)
Jesus fazia muitas perguntas. Ele perguntou ao doutor da lei que queria saber sobre o que fazer para herdar a vida eterna: “O que diz a lei?”, e também perguntou: “Como você a lê?” (Lc 10.26). Após contar-lhe a parábola do samaritano bondoso, Jesus lhe fez outra pergunta: “Qual destes três você acha que foi o próximo do homem ferido?” (Lc 10.36). Certa vez Jesus perguntou aos discípulos: “Quem vocês dizem que eu sou?” (Mt 16.15) E à multidão: “O que vocês pensam a respeito do Cristo?”(Mt 22.42) O modo como respondemos às perguntas que nos fazem e, especialmente, às que a vida nos faz, diz muito sobre quem somos, sobre nossa espiritualidade e maturidade. O Espirito Santo continua fazendo perguntas e nossa vida devocional deve ser de tal forma que possamos ouvi-las para crescermos.
A pergunta do texto de hoje Jesus fez após contar a parábola de dois filhos a quem o pai mandou que fossem trabalhar na sua vinha. O primeiro disse: “não quero”, mas mudou de ideia e foi. O segundo disse: “sim, senhor!”, mas não foi. Não era difícil saber a resposta certa! Fez a vontade do pai o filho que, apesar de ter dito que não iria, foi. Mas o que Jesus estava procurando mostrar ao chefe dos sacerdotes e ao grupo de religiosos que estava com ele, era que eles eram como o filho que dava a resposta certa mas agia da forma errada. Certa vez Jesus disse a respeito daqueles homens o seguinte: “Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam.” (Mateus 23.3) Essa não é a espiritualidade verdadeiramente cristã. O nosso Senhor nos chama à coerência e à integridade.
Talvez você pense: “Bem, como não sou pregador, isso nada tem a ver comigo!” Certamente que os pregadores devem preocupar-se com este texto, mas não somente eles. Devemos ter cuidado para que não sejamos teóricos da fé. Gente que canta as coisas certas, recita os versos certos, acredita na doutrina certa, mas vive de maneira errada. Pois, fazer a vontade de Deus não é algo teórico. Jamais seremos perfeitos, jamais conseguiremos nos isentar de qualquer falha, mas podemos viver de forma coerente e íntegra, agindo em conformidade com o que dizemos crer. Em 2016, desejo-lhe mais coerência e integridade. Que sua fé se revele em suas atitudes. Que você faça mais a vontade do Pai. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com você!