Churrasco

Churrasco

Já fui em vários churrascos aqui em Salvador, Conquista e Mato Grosso. Acredito ser uma comida pesada. Nada melhor do que dormir depois do churrasco, cerveja, claro, acompanha e amigos também. Dois espetos apareceram na mesa, e nos preparamos para o santo sacrifício da vida boa, num espeto a picanha e no outro o frango. Uma picanha argentina suculenta, e noutra, o frango bem temperado. Há anos que venho comendo com remorsos, comendo e discutindo comigo mesmo. Devo ou não devo? Comendo e pensando que um minuto depois estaria arrependido. Mas, às vezes, não penso em nada e como com a alma e o corpo. Depois, no sofá, as pálpebras começavam a pesar.

Quero ficar só, para pensar na unidade de Deus e na impermanência das coisas. Nem Buda exige que eu fique só, algumas horas, para que aprenda a aceitar as coisas como elas são: a neve é branca e o carvão é negro. Não tenho motivo para temer que, um dia, o carvão esbranqueça e a neve fique preta. O sono me liberta da escravidão da lógica.

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