Já fui quatro vezes, sempre que vou, a mente agradece, o ambiente sossegado, em que não ouço outras vozes além do canto dos pássaros e cigarras e do burburinho de água das cachoeiras. A paisagem me encanta e não me fatigo de olhar, há sempre que ver e admirar na natureza e é o que pode talvez vencer a minha preocupação de mim mesmo. Lá faço todos os esforços possíveis para esquecer-me, vivendo a vida objetiva, evitando até os livros, para não pensar. Procuro, de preferência, o mato e, apesar do receio que tenho das cobras, sinto-me bem na Chapada.
Caminhando na natureza, rompendo as trilhas. E, estou aprendendo a não procurar muito significado. Estou aprendendo a simplesmente apreciar o momento enquanto a gente o tem. Não me preocupar demais com o significado das coisas e o que vai acontecer em seguida. O futuro é tão incrivelmente imprevisível que tentar se planejar para ele é como estudar para uma prova que nunca vai fazer. Agora, estou bem. Então, eu vou me concentrar no que quero e no que preciso nesse instante e confiar que o futuro vai acontecer do jeito que tiver que acontecer. Novo governo, ano novo chegando. Mas o que importa na Chapada é a calma, e as belas trilhas, muito diferente da cidade que quase não se pode passar por causa dos engarrafamentos.