Cerca de metade dos pacientes com dores na coluna tem menos de 50 anos

Cerca de metade dos pacientes com dores na coluna tem menos de 50 anos
Cerca de metade dos pacientes com dores na coluna tem menos de 50 anos. Foto: bahia.ba

Se já é assustador saber que as dores na coluna atingem 80% da população em algum momento da vida — dado da Organização Mundial da Saúde (OMS) —, preocupa mais ainda ter conhecimento de que aproximadamente metade das pessoas que procuram um especialista, a fim de tratar o problema, tem menos de 50 anos.

Isso é confirmado pelo médico ortopedista Gilvan Landim, membro da Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas da Dor (Sobramid). “Dor na coluna é a principal queixa no nosso consultório. Cada vez mais, com o advento de esportes de alto impacto e devido à forma de vida que se leva, aumenta a incidência de pacientes jovens”, revela Landim.

Entre os motivos para o problema estar acometendo tanto os jovens, está o fato de que, hoje, grande parte das atividades que realizamos se dá por meio de dispositivos eletrônicos, como o computador ou o celular. Assim, passamos várias horas seguidas sentados numa cadeira ou projetando a cabeça para a frente ao usar o aparelho.

Esse hábito pode trazer sérias complicações à saúde, já que estudos clínicos apontam que, quando nos sentamos, a pressão dentro dos discos da coluna — uma espécie de ‘amortecedor’ — aumenta, e pode ser ainda maior no caso de quem não se apoia sobre o encosto da cadeira.

Associado a isso, o índice de brasileiros com obesidade cresceu 72% nos últimos 13 anos: saiu de 11,8%, em 2006, para 20,3%, em 2019, mostra a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

Tratamento
Se não tratadas, as dores na coluna podem se tornar crônicas, o que, aliás, tem sido cada vez mais comum no consultório em que atende o ortopedista Gilvan Landim. “O paciente pode evoluir para a artrose e sofrer envelhecimento dos discos, o que leva à formação de hérnias. Isso vai causar problemas muito mais difíceis de ser tratados”, alerta o médico.

De acordo com Landim, o tratamento passa por uma mudança de comportamento do paciente. “É importante, por exemplo, adotar uma alimentação saudável e praticar atividades físicas sob orientação, já que muitos pacientes não podem sofrer impacto na coluna”, orienta ele.

Em casos de dores crônicas, é necessário recorrer a procedimentos minimamente invasivos, como os bloqueios e as infiltrações na coluna. “Inicialmente, sempre vamos priorizar tratamentos não intervencionistas, como fisioterapia, acupuntura, Reeducação Postural Global (RPG) ou até pilates”, ressalta o especialista.

Fonte:bahia.ba

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