Para comemorar o seu primeiro ano de funcionamento, o Centro de Equoterapia do 13º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (Beic), sob a gestão do tenente-coronel PM Sérgio Barros Bispo, preparou uma programação especial neste dia 16 de maio.
O evento contou com a presença dos familiares dos praticantes da equoterapia, voluntários e autoridades. Entre os presentes: o presidente da Coopmista, Artur Teixeira; o comandante da 88ª CIPM, major Barbosa; o bispo diocesano Dom Jailton Lino; os secretários municipais de Educação e Saúde, Hermon Freitas e Fabiano Marily, respectivamente; o diretor do Departamento de Cultura, Dermival Pires, e o promotor de Justiça, dr. José Dutra.
O tenente-coronel Sérgio Barros, comandante do 13º Beic, destacou o quão gratificante é comemorar o primeiro ano de equoterapia no batalhão. “Hoje, nós estamos aqui agradecendo aos nossos parceiros e voluntários. Conclamamos as pessoas para que venham participar desse projeto. Precisamos mesmo de voluntários“, disse.
Na programação, o comandante concedeu certificados de “Amigos da Equoterapia” para as pessoas que contribuíram com o centro. Os voluntários receberam certificados por doação de seu tempo em prol de crianças e adolescentes com deficiências, colaborando com um ato de amor, respeito, compaixão, justiça e solidariedade. [Veja fotos abaixo]
O Centro de Equoterapia
O Centro iniciou sua atuação com sete praticantes. Atualmente, são 20, entre eles: portadores de deficiências e ou patologias, como autismo, síndrome de Down, hiperatividade, paralisia cerebral, entre outras, e contam com uma equipe multiprofissional formada por mediadores, auxiliares laterais e auxiliares.
A capitã Kelly Ravani, subcomandante do 13º Beic, explica que o projeto visa atender crianças e adolescentes e atua com o apoio da prefeitura municipal. “Nós começamos no dia 22 de fevereiro de 2018. Pretendemos ampliar, mas precisamos da ajuda de todos, não é só a Polícia Militar”, comentou.
A meta ampliar é ampliar o número de atendimentos e passar para 80 (oitenta).
Dois cavalos estão à disposição: Landarim e Chocolate, que foram selecionados, cedidos e são os grandes facilitadores do trabalho, por isso são carinhosamente chamados de ‘co-terapeutas’ e ‘anjos de quatro patas’.
Os cavalos desempenham o papel principal na equoterapia. As sessões funcionam de segunda a quinta-feira, das 8 às 11 horas e das 14 às 18 horas.
O equitador cabo Urande está desde o primeiro dia servindo junto aos atendidos. Grato, destacou o amor pelo que faz. “A gente acaba pegando um amor tão grande que não consegue sair mais. Quando a gente se envolve com os cavalos e com a necessidade das crianças, aí que não saímos mesmo“, disse a’OSollo.
O apoio financeiro e administrativo vem da entidade filantrópica – Associação Educativa de Inclusão e Cidadania – ASSEDIC. O 13º Beic colocou em prática um projeto que já vem dando certo em outras cidades, a exemplo de Itabuna, e até mesmo na capital Salvador.
O ambiente de atendimento é diferente de um consultório, favorece a interação com a natureza, suas diversidades e enriquecem o trabalho.
A equipe
A equipe de profissionais da “equoterapia” é composta por médico, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, enfermeiro, psicopedagoga, educador físico, pedagogo, assistente social e equitador com formação em equoterapia.
Dentre esses profissionais, uma ainda, a psicóloga Mirella Silva, dispõe de formação em equoterapia pela ANDE BRASIL (que é a funcionária cedida da Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas, pela Secretaria de Educação).
Os voluntários participam de formação continuada com a participação em cursos e treinamentos básicos para atendimento em equoterapia.
O secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, Fabiano Marily, enfatizou que o projeto é do 13º Beic, sendo apoiado pela gestão e formas de ampliação vêm sendo discutidas.
O tratamento
O tratamento equoterápico requer algumas precauções ou até mesmo é contraindicado em alguns casos, como: osteoporose, rigidez articular, luxação de quadril, distrofia muscular, epilepsia, hidrocefalia, amputação, hipertensão, obesidade, quadros inflamatórios e infecciosos, alergias.
Diante disso, somente após avaliação da equipe, os objetivos individuais são traçados, obedecendo a necessidade e a condição física e psicológica de cada praticante.
Além de toda a contribuição nos ganhos físicos, há uma melhora muito significativa no ganho de autoestima, segurança, confiança em si mesmo, já que o cavalo, através do seu porte altivo, grande e com muito garbo, mostra-se parceiro, obediente e aliado do praticante.
Trata-se de um método abrangente, que vem sendo cada vez mais utilizado como terapia, por ser realizado ativamente, em ambiente diferente das terapias convencionais, onde o praticante e o cavalo criam uma relação muito íntima, colaborando para que ótimos resultados sejam realmente alcançados.
A equoterapia tem sido muito explorada por vários profissionais no mundo inteiro com resultados muito positivos, comprovados por vários praticantes e suas famílias.
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