A Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Seguro (CDL) divulgou uma carta aberta sobre impactos da greve dos professores no município. Confira a carta na íntegra:
Prezados cidadãos de Porto Seguro,
Nós, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Seguro, nos dirigimos a todos os moradores e empresários de nossa querida cidade para compartilhar nossa profunda preocupação diante dos recentes acontecimentos envolvendo a greve dos professores do ensino municipal público. Reconhecemos o direito constitucional à greve como uma ferramenta legítima de manifestação, mas é imperativo destacar as consequências graves que tal ação traz para nossa comunidade.
O setor comercial e turístico de Porto Seguro tem se esforçado para se destacar no cenário nacional e internacional, tornando nossa cidade um destino procurado e admirado por turistas de diversas partes do Brasil e do mundo. No entanto, a greve dos professores tem gerado prejuízos significativos para a economia local. A ausência de aulas impacta diretamente o comércio, uma vez que muitos colaboradores não estão disponíveis para o trabalho, comprometendo o atendimento e afetando a experiência dos visitantes.
A paralisação também impacta negativamente nossos alunos, que dependem da alimentação fornecida pelas escolas municipais para suprir suas necessidades básicas. A realidade socioeconômica de nossa população torna essa questão ainda mais urgente e preocupante. Além disso, devemos considerar que a qualidade da educação pública tem um papel crucial na formação de nossos jovens, determinando seu sucesso futuro e contribuindo para a mão de obra qualificada que nossa cidade necessita.
Entendemos que a busca por melhores condições e direitos é válida, mas é fundamental que todos compreendam as implicações reais da greve. A paralisação resulta na suspensão do contrato de trabalho, como estabelecido na Lei n.º 7.783/89. Isso significa que os dias de paralisação não são remunerados, e muitos estão sendo levados a acreditar erroneamente que serão compensados financeiramente.
Nesse contexto, destacamos que o sindicato, responsável por representar os professores, enfrentou derrotas em batalhas judiciais relacionadas a greves consideradas excessivas. Além disso, observamos que algumas ações parecem não estar alinhadas com a busca por melhorias reais na educação, mas sim com motivações políticas.
Reforçamos que o prejuízo causado pela falta de aulas não afeta apenas a economia local, mas também a qualidade da formação de nossos jovens. O desequilíbrio entre as expectativas e a realidade da greve, aliado à suspensão do contrato de trabalho, implica em efeitos que vão além da simples paralisação de aulas.
É importante que a sociedade considere todos esses aspectos ao avaliar a situação. A CDL de Porto Seguro, em conjunto com Vinicius Brandão, diretor presidente da entidade, insta a reflexão profunda sobre os reais objetivos da greve, e a avaliação cuidadosa do impacto que tal ação tem em nossa economia e na qualidade de vida de todos os cidadãos.
Nossa cidade merece um futuro próspero, com educação de qualidade e oportunidades para todos. Reforcemos nosso compromisso com o diálogo, o entendimento e a busca conjunta por soluções que honrem os direitos dos trabalhadores, respeitem a realidade econômica e social de Porto Seguro e promovam o desenvolvimento sustentável que tanto almejamos.
Atenciosamente,
Vinícius Brandão
Diretor Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Seguro