Caso das siamesas baianas é considerado raro e complexo

Equipe do Materno Infantil planeja cirurgia de separação das gêmeas siamesas da Bahia
Equipe do Materno Infantil planeja cirurgia de separação das gêmeas siamesas da Bahia. Foto: reprodução

O caso das siamesas Laura e Laís é “considerado raro e complexo”, segundo informou o médico Zacharias Calil. Unidas pela bacia e pelo abdômen, as gêmeas compartilham fígado, bexiga e intestino. Elas nasceram na Bahia e estão internadas no Hospital Materno Infantil, em Goiânia.

A previsão médica é de que elas sejam separadas em um ano, pois é necessário que tenham pele suficiente para poder passar pelo procedimento.

“Não tem pele suficiente para o fechamento do abdômen, da bacia. Em cerca de 8 meses nós vamos fazer a introdução dos expansores de silicone, que é embaixo da pele. Eles são insufláveis, por isso vai crescendo”, explicou o médico.

Siamesas são transportadas pelos bombeiros de avião até hospital, em Goiânia — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Siamesas são transportadas pelos bombeiros de avião até hospital, em Goiânia — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Laura e Laís nasceram na quinta-feira (15) em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo da Bahia. Juntas, pesam 3.798 kg. No dia seguinte ao nascimento, elas foram transferidas de avião até Goiânia.

A mãe das gêmeas, Liliane Silva dos Santos, segue internada no Hospital e Maternidade Luiz Argollo, onde deu à luz. A diretora médica da unidade, Jussara Argolo, informou, na sexta-feira (16), que a paciente tem estado de saúde estável.

Como os pais das siamesas estão na Bahia, uma tia das meninas está com elas em Goiânia. Lina Soares do Santos também estava com Liliane no momento do parto, pois elas viajavam de Piraí do Norte, onde moram, para Santo Antônio de Jesus, a cerca de 120 km de distância, para uma consulta de rotina.

A previsão era que as gêmeas nascessem dez dias depois. Porém, elas nasceram de 36 semanas.

“Ela [Liliane] começou a sentir dor, dizendo que não ia aguentar. Quando a gente chegou em Santo Antônio, já fui pedindo ajuda”, contou Lina.

Transferência para Goiânia

Em nota, o HMI informou que a transferência aconteceu após a equipe do hospital baiano entrar em contato com o médico Zacharias Calil, referência no acompanhamento nesse tipo de caso.

As gêmeas estão internadas na unidade de cuidados intermediários neonatal em estado estável e vão começar uma dieta via oral.

O HMI é o único hospital ligado ao SUS capaz de realizar a separação de siameses. Já foram registrados 39 casos desde 2000. Com Laura e Laís, o número passa para 40.

Fonte: G1

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