Dando continuidade à série de entrevistas com candidatos, OSollo recebeu nesta quinta-feira, 27 de setembro, o pretenso deputado federal pelo PSOL, Carlos Gomes da Silva, o Carlos Vigilante. Ele, que esteve no debate promovido pela Faculdade Pitágoras ontem (26), confirmou a relevância de tal evento para o processo democrático do Extremo Sul, externou os parabéns a Pitágoras e ao coordenador do curso de direito, Osmundo Nogueira, pelo direcionamento no debate.
Carlos, nascido em Monte Pascoal, em Itabela, veio para Teixeira em 1998, depois, retornou a Itabela, sendo candidato a vereador em 2004, no ano seguinte, volta ao município teixeirense, onde reside até hoje.
É casado, pai, é funcionário público concursado, mas, abdicou do cargo para atuar como vigilante patrimonial, cargo que exerce com afinco há 10 anos. Presidente do Sindicato dos Vigilantes do Extremo Sul da Bahia desde 2013, foi um dos responsáveis pelo desmembramento do grupo do sindicato de Salvador para que a região tivesse representatividade, em 2009. Hoje, prestes a ter plenos direitos como entidade de classe constituída, o Sindicato que ele dirige tem se fortalecido cada vez mais na região, tomando forma para trazer benefícios para a categoria. Também foi candidato a vice ao lado de Tarcísio Gama, em Teixeira, e atuou na coordenação de campanha quando não formou chapa com ele.
Carlos acredita que é preciso se envolver na política, porque se não o fizer “a gente acaba sendo omisso ao sistema de corrupção que está no país”. Para ele, “o eleitor está desacreditado, porque a corrupção está há décadas, mas, se somos 70 por cento, que elegemos o servidor público, ele tem que ser para o povo, ter compromisso com o povo que o elegeu. É preciso ter homens de bem na política, se nós, homens de bem, não nos envolvermos na política, vai estar sempre a mesma coisa”. E deixa o recado: “o eleitor precisa não se corromper, ter o voto livre e consciente”.
Falou sobre o desemprego na região e pontuou que dentre suas propostas está implementar a criação de polos industriais por meio da isenção fiscal e dar facilidade para as empresas virem ao Extremo Sul gerar emprego e renda, “é esse meu objetivo, tirando a responsabilidade do município, mas, sim, criando um polo de indústria do Estado na região”. Outro aspecto para reduzir o desemprego é investir na agricultura familiar, forte no Extremo Sul, acredita o candidato, que propõe investir no homem do campo.
Comentou sobre saúde, educação e segurança pública. Para ele, o bem maior do cidadão é sua vida, e, para preservá-la, Carlos Vigilante acredita que a melhor saída é o diálogo,a educação. “As pessoas falam muito em ter armas, e não é ter armas. Às vezes, tendo arma você não defende seu maior patrimônio. Você defende sua vida no diálogo, conversa, sendo uma pessoa educada”, opinou.
O candidato acredita que parte da culpa pela violência, o desemprego, dentre outros problemas no Brasil está no sistema corrupto arraigado na política do país, que implica, por exemplo, em menos efetivo policial, menos qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS) – este último, se bem administrado, atuará na medicina preventiva, que o candidato aponta como essencial ao bem-estar do brasileiro.
“Peço a conscientização dos eleitores em 2018, que refletissem na crise do Brasil causada pelos políticos, analisar, votar consciente, votar no perfil das pessoas que querem mudança. Tenho certeza que o povo não vai ficar descredibilizado com minha representação”, concluiu.