Secretário disse que unidade estava em manutenção e defendeu médicos.
Uma criança de sete anos, vítima de um acidente de moto, foi socorrida por funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município de Caravelas, no extremo sul do Estado, na carroceria de uma picape, por falta de ambulância.
O acidente aconteceu na tarde de quarta-feira (16), quando o menino tentou atravessar uma rua do centro da cidade e foi atingido por uma motocicleta. A criança teve fratura exposta e hemorragia.
O coordenador do Samu de Caravelas, Onaldo Rocha dos Anjos disse, em contato nesta quinta-feira (16), que, no momento da ocorrência, a única ambulância que serve à zona urbana da cidade estava em manutenção.
Ainda segundo ele, a picape usada durante o socorro foi cedida para que o menino, que estava em estado grave, pudesse ser encaminhado ao hospital municipal, a cerca de um quilômetro do local onde ocorreu o acidente.
“A nossa ambulância ficou em manutenção, porque apresentou um vazamento. Além disso, outra ambulância, que serve ao hospital municipal, estava fazendo uma transferência de um paciente com AVC para a cidade de Teixeira de Freitas. O pessoal da família da criança veio até a base e pediu ajuda após o acidente. Nós avisamos que estávamos sem carro no momento, mas mesmo assim fomos prestar os primeiro socorros. No local, um popular ofereceu o carro para que a criança fosse levada ao hospital, que fica perto. Aceitamos colocar ele no carro porque o estado de saúde era grave”, destacou.
Ainda de acordo com o coordenador do Samu, a família aceitou que o menino fosse colocado no carrro e ainda agradeceu os médicos. “Foi feito todo esse procedimento e a família agradeceu muito. Todo esse procedimento foi feito visando a saúde e a vida da criança, que estava muito grave. Mesmo sem carro, a ajuda foi imediata”, destacou.
O secretário de saúde da cidade, Manuel Messias, informou que quatro ambulâncias atendem a todo o município de Caravelas, que possui cerca de 21 mil habitantes.
“O município é de grande em extensão. Uma ambulância serve à comunidade de Juerana, outra serve ao povoado de Barcelona, a 140 quilômetros da sede, e outra ficam em Rancho Alegre, a 125 quilômetros do centro. A outra que serve á sede da cidade, que é bem pequena”, disse. Além disso, o secretário afirmou que os socorristas do Samu agiram legalmente.
“As ambulâncias, assim como qualquer outro carro, apresentam problemas de vez em quando e precisam passar por manutenção. Na ocasião, os socorristas fizeram todo o procedimento legal, não negaram socorro mesmo sem ambulância”, destacou.
G1