Caraíva: suspeito é indiciado por estupro de vulnerável e roubo qualificado

Vítima divulgou crime pelas redes sociais. — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Vítima divulgou crime pelas redes sociais. — Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou o suspeito de estuprar uma mulher, após invadir a casa dela em Caraíva, comunidade de Porto Seguro, por estupro de vulnerável e roubo qualificado. A informação foi divulgada pelo delegado Laerte Eduardo Neto, que investiga o caso.

Segundo informações do delegado, o inquérito foi concluído e encaminhado para o Ministério Público estadual (MP-BA). As qualificações do crime também foram alteradas.

No dia 22 de janeiro, um dia após o crime, o suspeito, identificado como Tácio Conceição Bonfim, havia sido autuado em flagrante por crime de importunação sexual e furto do celular da vítima.

De acordo com o delegado, após a investigação, a polícia decidiu que ele vai responder por crimes de estupro de vulnerável, porque a vítima estava dormindo e sem possibilidade de se defender, e roubo qualificado, por ter entrado na casa da vítima escalando uma escada e ter roubado o celular da dela.

Laerte Eduardo Neto também informou que, quando o suspeito foi autuado por importunação sexual, a Justiça arbitrou uma fiança de R$ 3,5 mil, entretanto Tácio Conceição Bonfim não teve condições financeiras e não fez o pagamento.

O suspeito teve a prisão preventiva decretada no dia 28 de janeiro. Ainda conforme o delegado, ele foi transferido para o presídio de Eunápolis, no dia 31 de janeiro e permanece custodiado no local.

O MP informou que já denunciou o suspeito à Justiça, pela promotora de Justiça Michelle Souto.

Caso

Mulher usou redes sociais para relatar estupro — Foto: Reprodução/TV Bahia
Mulher usou redes sociais para relatar estupro — Foto: Reprodução/TV Bahia

A vítima usou as redes sociais para denunciar o estupro que ocorreu no dia 21 de janeiro, na casa dela. O crime ocorreu por volta das 5h30.

“Suas pernas estavam sobre as minhas, uma de suas mãos estava esfregando minha vagina e com a outra ele se masturbava. Assim que me viu abrir os olhos ele continuou, como se nada tivesse acontecido. Nunca esquecerei daqueles olhos frios e daquele corpo asqueroso sobre o meu. Não sei de onde tirei forças – comecei a bater nele e levantar. Ele se esquivava e tentava segurar meus braços, comecei a gritar e xingar”, disse na postagem.

Maria detalhou que o homem só parou com as agressões após ouvir o barulho feito pelo companheiro dela, que dormia em outro cômodo da casa. O homem tinha fugido por uma parte destelhada da casa.

“Foi aí que ouvimos meu companheiro, que eu não sabia que dormia no cômodo ao lado[…] Num pulo, o agressor, que agora sei que chama Tácio da Conceição Bonfim, abriu a porta do banheiro, pegou impulso no vaso e na máquina de lavar e pulou pela parte destelhada da casa. Meu companheiro passou a procurá-lo às voltas da casa”, contou.

Em seguida, ainda enquanto o companheiro procurava pelo criminoso, Maria percebeu que o celular não estava mais dentro de casa.

“Enquanto meu companheiro buscava voltei ao quarto e notei que havia sumido meu celular. E uma cueca e um protetor solar que ele usou como lubrificante em mim repousavam sobre a cama. O estuprador estava escondido atrás de uma moita e fugiu na direção oposta a que fomos procurar, fato que soubemos posteriormente, através do meu vizinho que o viu atravessar seu quintal”, relatou.

Ainda na postagem, a vítima informou que o homem foi preso depois de ser encontrado por populares na mesma comunidade onde ocorreu o estupro.

“Na noite do dia seguinte, na certeza de que nada aconteceria, ele foi à vila e foi contido. Imediatamente me chamaram para reconhecê-lo. Reconheci o aparelho e o homem na hora. A polícia veio à Caraíva para levá-lo, saímos 1h30 da manhã e chegamos às 3h30 na delegacia de Porto Seguro, onde prestei declarações, enquanto ele ainda teve a pachorra de negar o crime. Meu celular me foi restituído e voltei pra casa. Exausta, abalada, exaurida.”

De acordo com o advogado da vítima, Alex Ornelas, além dos depoimentos colhidos, uma perícia foi realizada na casa de Maria do Carmo na segunda-feira (3). “A polícia foi até Caraíva e realizou a perícia na casa dela, para ver a altura que foi escalada, verificar como ele entrou e saiu do imóvel e outros detalhes”, explica.

Compilação: G1 e Correio

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