Queda de estrutura rochosas sobre lanchas, na região dos cânions de Capitólio, a 293 km de Belo Horizonte, matou sete turistas. Estavam numa lancha e o céu estava cinza e pesado, não deveria ter passeios turísticos, tinha chovido muito. O local é muito bonito, que a partir de certo ponto mostra um paredão cor de ardósia. O barulho da lancha era bem nítido.
Os sons que saíam da lancha e dissipavam-se sobre a superfícies abertas eram cobertas naquele momento por gotículas d’água vinda da cachoeira. Vi um vídeo o barulho das lanchas se aproximando naquela maravilha da natureza, os sons que saem da lancha nestes momentos são de alegria, impedindo ouvir o som do paredão se soltando.
Mas algumas lanchas distantes presenciaram a tragédia e tentaram avisar. Eles com o ruído da alegria e do motor. Não tiveram reação alguma. O barulho aumentou. A maneira como a rocha caiu abriu sulcos imensos na água, matando sete turistas. Afinal, o que sabemos sobre como a sorte e o azar são distribuídos? Quando acontece na esfera humana, como a maioria das pessoas talvez pense com racionalidade, de criarmos nos mesmos a nossa sorte, não fazendo passeios em tempos de muita chuva, sendo que não passamos de um amontoado de células que concretizam uma predisposição hereditária, para que determinadas coisas fossem sentidas, pensadas, ditas e feitas sem o uso da razão.