Campanha comunitária restaura igreja de 293 anos em Itacaré

 

A Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, em Itacaré, construída em 1723 e tombada desde 2010 como Patrimônio da Bahia, já está pronta para o Natal, quando ocorrerá missa para toda a comunidade. Isso, graças ao esforço da campanha ‘A Fé Restaurada’ de moradores locais. “Só da comunidade local conseguimos reunir R$ 200 mil para restauro interno da igreja”, comemora o pároco, Padre Ednaldo Cardoso. Segundo ele, as obras duraram 11 meses, começando em janeiro e terminando no último domingo (11) quando o templo foi entregue à população. “Realizamos caminhada nas ruas da cidade, a partir das 17:30h, tivemos celebração eucarística e sagração do altar a São Miguel”, relata o padre. Itacaré fica a 428 km de Salvador, na foz do Rio de Contas, que nasce entre as cidades de Piatã e Abaíra, na Chapada Diamantina, e deságua no Oceano Atlântico.

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), participou com fiscalização e orientação técnica. “Em monumentos tombados é fundamental a fiscalização técnica para dispor de orientação especializada evitando possíveis danos aos bens artísticos, móveis e integrados, e ao estilo arquitetônico original”, afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira.

Ele explica que apesar do atual templo ser do século XVIII, existiu capela no local desde o século XVI. “A capela que deu origem à igreja foi fundada no século XVI pelo padre jesuíta Luís Grã, contemporâneo de José de Anchieta. Mas apenas em 1723, foi construída a versão atual, tombada via IPAC com o decreto nº12.530/10”, completa.

PARCERIAS e RESTAUROS – Segundo especialistas, a maior parte dos centros históricos e monumentos arquitetônicos da Europa e Estados Unidos são restaurados a partir de parcerias público-privadas que envolvem grandes empresas, doadores das comunidades e até turistas. 

“No caso do Brasil, existe uma crise econômico-financeira e contingenciamentos orçamentários que nos obriga a ter gestão mais criativa e empreendedora”, explica João Carlos. Em Itacaré, além da campanha comunitária para coleta de recursos, a prefeitura local e a Paróquia de Ilhéus contribuíram com apoio logístico-operacional. Já o IPAC, com a fiscalização e orientação técnica.

O IPAC está implantando seu sistema de parcerias em todo o estado. Podem participar comunidades, empresas privadas, prefeituras, paróquias e organizações não-governamentais. Em alguns municípios o instituto faz orientação técnica, e em outros disponibiliza operários e ferramentas, enquanto os parceiros conseguem recursos para compra de materiais.

As parcerias do IPAC também acontecem em Salvador, como no projeto de obras na sede do Projeto Axé (Pelourinho), com possibilidade de recursos do governo austríaco. As igrejas de Brotas (Salvador) e Miradouro (Xique-Xique), também são exemplos. Ou ainda o Convento dos Humildes (Santo Amaro), as imagens sacras de Montes Altos e as imagens do Convento da Piedade (Ilhéus) que receberam recursos de Editais/SecultBA e o IPAC fez a fiscalização. Obras na Casa Zélia Gattai, via Fundação Casa de Jorge Amado, na Igreja do Rosário dos Pretos e no Mercado de Santa Bárbara foram outros exemplos em Salvador. Para mais informações acompanhe o IPAC no site www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e instagram ‘@ipac.patrimonio.

 

Assessoria de Comunicação – IPAC, em 13.12.2016

Jornalista responsável Geraldo Moniz (DRT-BA nº 1498)

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