“Eu já não aguento mais. É tanta agonia que já me falta o ar”. Essa declaração é da aposentada Maria da Ajuda, que precisa de uma cirurgia para retirada de pedras na vesícula, mas ainda não conseguiu marcar a data da operação na Fundação Hospitalar, principal unidade pública de saúde da cidade de Camacan, no sul da Bahia. A paciente diz que já gastou mais de R$ 300 com exames pré-operatórios particulares para poder tentar adiantar a realização do procedimento.
A Fundação Hospitalar reabriu nesta segunda-feira (24) após cinco meses fechada por conta de problemas administrativos. Mesmo funcionando, os internamentos e cirurgias foram suspensos por falta de médico e de equipamentos. Neste primeiro dia de reabertura, foram realizados apenas atendimentos nos consultórios. A ala onde ficam os pacientes internados não está funcionando e nos quartos não há aparelhos ligados, nem ponto de oxigênio. Além disso, diversos equipamentos unidade de saúde estão espalhados por corredores de alas que ainda não foram reativadas.
De acordo com o diretor da Fundação, Almir Souza, o hospital vai passar por reformas. Ele ainda disse que a partir de quarta-feira (26), a unidade começa a realizar cirurgias e internamentos.
“Nós temos que aumentar nosso suporte da rede elétrica porque nós temos novos equipamentos chegando como um aparelho de raio X portátil, a parte de monitores cardíacos. Então, hoje realmente esse é o primeiro passo. A estrutura adequada eu acredito que nós teremos em torno de 60 a 90 dias” explicou Souza.
Fonte: G1, com informações da TV Santa Cruz