Caixa

Caixa

E assim, obedecendo a rotina, os dias no banco, no supermercado, na padaria, na delictesse, tem uma aqui na Graça, a Delicia converso com uma das caixas, ela tem três filhos, e acorda 4h30 para trabalhar e sai às 14 horas, chegando em casa, às 16 horas, aí começa a segunda jornada, não tem empregada, vai fazer comida, limpar a casa e cuidar dos três filhos, o mais novo tem quatro anos, a vida sempre igual. Quando ficam iguais, passam mais rápido ela disse.. Não há talvez, porque não há escolha. Todos os
vestígios das palavras que trocamos, que haviam preenchido sua mente há menos de um minuto, pareciam ter desaparecido quando o cliente na fila ficou impaciente.

Meu pai dizia: “Aceite as pessoas pelo que são, não pelo que você quer que sejam.” Mas a Caixa só vejo do mesmo jeito, registrando, passando mercadoria e fechando o caixa. Enquanto Freud acreditava que as pessoas são impulsionadas a buscar prazer e evitar a dor do seu famoso “princípio do prazer”. Frankl afirmava que o impulso fundamental das pessoas não está na busca do prazer, mas de encontrar significado em suas vidas. Frankl dizia: “Existe um Intervalo entre o estímulo e a resposta. Nesse intervalo está nosso poder de escolha para a nossa resposta.

Em nossa resposta, está nosso crescimento e nossa liberdade, mas o Caixa só tem o poder de resposta da máquina registradora, e aí está sempre seu eterno crescimento, como uma roda de hamster é sempre parte do processo de sua vida, o caixa faz a mesma coisa repetidamente, por um número de vezes permanente, quando termina um cliente já tem outro esperando. A vida é feita de escolhas, está frase não se aplica aos Caixas, a escolha é sempre o próximo cliente.

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