Cachaça de Ilhéus é eleita a quinta melhor do Brasil, segundo especialistas

Há 10 anos, quando o representante comercial Luiz Fernando Galletti, 61, decidiu trocar a vida agitada de Campinas/SP por Ilhéus, no sul da Bahia, em busca de mais qualidade de vida, o seu maior investimento foi comprar um lote na zona rural do município. A meta era plantar alguns coqueiros e viver à sombra da história do distrito de Maria Jape, onde fica a Capela de Santana, uma das mais antigas do Brasil, construída no século XVII, e pertencente ao antigo Engenho de Santana.

A vida pacata e a história do lugar o estimularam a produzir, sem compromisso, os primeiros litros de uma cachaça fabricada por ele mesmo para oferecer aos amigos. Mas o que seria apenas um agrado às pessoas mais próximas, tornou-se um grande negócio. Hoje, a cachaça Rio de Engenho é a quinta melhor do Brasil nos quesitos cheiro e paladar, eleita pela revista VIP. “A ideia era apenas mudar de vida. Mudei de rumo”, conta o empresário. Tudo começou, lembra Luiz Fernando, com um curso de alambicagem que participou no interior de Minas Gerais.

Em parceria com o Sebrae, o empresário já visitou países como a Alemanha e o México. “O Sebrae me deu um apoio muito grande, desde o começo do meu sonho”, afirma. Agora, na Rodada Internacional de Negócios, a maior do Nordeste, que acontece de 24 a 25 de outubro, no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador, durante o XVI Encontro Internacional de Negócios do Nordeste, Luiz Fernando Galetti quer ampliar o alcance de sua cachaça, apresentando a Rio de Engenho a importadores de 29 países.

Para a Rodada Internacional, Luiz Fernando traz cinco variedades de cachaça: a prata que não é envelhecida, mas descansa em alambiques de aço inox por seis meses; a Rio de Engenho Black; a Ouro e a Acqua Benta, envelhecidas por dois anos e a Reserva, a mais especial de todas, envelhecida por três anos.

Na caixa do produto, o empresário resgata importantes épocas da região, como a luta de escravos no Engenho de Santana, que se rebelaram, paralisando a produção por dois anos. Com isso, o governo enviou uma expedição militar, e quando foram atacados, os escravos escreveram um tratado de paz, objetivando negociar as condições para voltar ao trabalho. Teria sido um dos primeiros movimentos grevistas ocorridos no Brasil.

 

Fonte: O Tabuleiro

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