Na reunião, Libânio fará a apresentação do sistema agroflorestal, considerado exemplo em cultivo conservacionista. Ele ressalta que o sistema contribui para a conservação da água e do solo, para a biodiversidade, para o seqüestro de carbono e para a conservação de importantes espécies da Mata Atlântica, além de trazer outras fontes de renda para o produtor, como o manejo de madeira morta, por exemplo.
Além de produtor, Durval Libânio é ligado a causa ambiental, sendo a primeira vez que alguém com este perfil irá presidir uma Câmara Setorial do Agronegócio, geralmente liderada apenas por produtores tradicionais. A mudança sinaliza uma quebra de paradigma e representa a sinalização do setor em busca do Desenvolvimento Sustentável e da consolidação ainda maior da cacauicultura como lavoura conservacionista. Apesar de ser nativo da Amazônia, foi com a sombra das árvores da Mata Atlântica na Bahia, que ele prosperou e se desenvolveu. De acordo com informações da Câmara Setorial do Cacau, o Estado tem 32 mil produtores, responsáveis por 70% da produção de cacau do País. Em 2010, a produção baiana foi de 160 mil toneladas, enquanto o Brasil produziu 200 mil toneladas desta amêndoa.
Programa ABC
O ABC tem como missão reverter o modelo predominante de exploração agrícola de altas emissões de gás carbônico e recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, expandir o plantio direto (que não revolve o solo) dos atuais 25 milhões para 33 milhões de hectares, além de disponibilizar uma linha de crédito para florestas comerciais de eucalipto e pinus. Na prática, a Programa tem como proposta promover o desenvolvimento sustentável das áreas de produção como lavoura, pecuária, floresta, a recuperação de áreas degradadas, o uso de plantio direto, o plantio de florestas e a fixação biológica de nitrogênio.
Fonte: YES Assessoria e Comunicação