Caçar animal silvestre é crime ambiental. Mesmo com as ações de combate à caça ilegal que acontecem na região do Sul da Bahia, esta prática criminosa ainda é uma realidade. Na noite do último domingo (26/01), uma ação da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambienta (CIPPA) de Porto Seguro deteve dois caçadores em uma área de preservação, localizada em Ponto Central, distrito de Santa Cruz Cabrália.
Três homens que praticavam o crime. Um deles fugiu do local e os outros dois foram detidos e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Porto Seguro. Com eles, foram apreendidos três caititus abatidos (animais silvestres), uma lança, veículos e munições. De acordo com a legislação ambiental, a pena para quem pratica a caça ilegal pode variar de 6 meses a 1 ano, estando o criminoso sujeito à multa. Nesta ocorrência, os dois rapazes foram detidos em flagrante, o que torna a situação deles ainda mais grave.
“A caça de animais silvestres é uma prática irregular que leva à punição. Abater um animal silvestre para alimentação própria pode causar a extinção de algumas espécies, além de problemas de saúde para aquele que consome”, destaca o comandante da CIPPA de Porto Seguro, Major Márcio Luiz Santos Blanco.
A caça de animal silvestre deve ser denunciada pelo número 190 ou enviando uma mensagem para o WhatsApp da CIPPA (73) 99807-1353.
O cenário da caça ilegal – O Brasil é o terceiro país do mundo com maior tráfico de animais silvestres. Por isso, as polícias ambientais de vários estados junto às instituições públicas e privadas têm atuado para reduzir a prática que ameaça a fauna do país. Foi com este objetivo que, pelo segundo ano consecutivo, foi realizado em 2019 o II Workshop de Combate à Caça de Animais Silvestres, em Porto Seguro. Na ocasião, foram discutidas ações de prevenção e combate à caça de animais silvestres e estiveram presentes representantes das polícias militar da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, do Ministério Público da Bahia, além de órgãos ambientais e entidades privadas, estiveram reunidos. O evento foi realizado pelo Ministério Público do Estado da Bahia em parceria com Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do IBAMA.