“O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão. Eu te bendirei enquanto viver, e em teu nome levantarei as minhas mãos. A minha alma ficará satisfeita como de rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará.” (Salmos 63.3-5)
Deus, que nos ama como jamais seremos amados, que nos conhece como jamais poderemos nos conhecer, que nos dá vida e tem propósitos para a vida que nos dá e pode todos as coisas, está acessível a nós. O que podemos obter de melhor de nosso relacionamento com Ele? Que ninguém nos ouça, mas temos lá nosso desejo egoísta de sempre obter o melhor de cada situação. Mas não é disso que estou falando. Há quem ultrapassou o limite e tornou-se utilitarista – está sempre usando situações e pessoas para se darem bem. Mas sabemos, ou deveríamos saber, que ninguém pode usar Deus, manipulá-lo. Por mais que se tente. Ele não aceita relações escusas, mas nos chama a um relacionamento saudável e abençoador. As Escrituras estão cheias de exemplo e o mundo cheio de experiências que provam isso. Você tem tido experiências de relacionamento com Deus? Relacionamento tem a ver com interação, influência. Em outras palavras, ter um relacionamento com Deus significa que Ele amorosamente interage conosco, reage a nós, considera nossas perspectivas e apresenta as Suas. Maravilhoso, não?
Tendo isso claro, podemos voltar à pergunta: o que de melhor podemos obter do nosso relacionamento com Deus? Uma resposta simples seria: Deus, Ele próprio. A comunhão com Deus é o que de melhor devemos esperar e buscar como resultado de nossos exercícios devocionais, de nossas orações, jejuns e reflexões nas Escrituras. Logo, devemos ansiar por Ele, por Deus, e não por bençãos, embora possamos pedi-las e, inegavelmente, precisamos delas. Deus deve ser o nosso alvo. Somente assim estaremos a caminho de conhecer por experiência a experiência de Davi poetizada em seu salmo. Saberemos o quanto, de fato, o amor de Deus é melhor do que a vida, que as coisas boas da vida. E saber isso é importante, não porque sejam opções mutuamente exclusivas: ou o amor de Deus ou as coisas boas da vida. Mas para que não fiquemos na infantilidade de pensar que o melhor de Deus é o que Ele pode nos dar. O melhor é o próprio Deus e seu amor em nossa vida.
Nada que possamos receber como bençãos poderia nos satisfazer verdadeiramente. A satisfação possível como resultado de qualquer benção ou dádiva recebida, ou qualquer conquista realizada, será sempre uma satisfação temporária. A verdadeira é resultado do relacionamento com Deus, do conhecimento e envolvimento com nosso Criador. Assim também a adoração e gratidão por qualquer benção ou dádiva recebida, ou por qualquer conquista, será sempre menos profunda para nossa espiritualidade e como honra a Deus, do que a adoração e gratidão por sermos Seus filhos, amados e cuidados. Quando buscamos a Deus, e não apenas suas bençãos ou proteção, descobrimos a verdade sobre a vida e seu sentido. Descobrimos que Ele, Deus, nos basta. E chegar a isso é receber o que jamais perderemos. Descobriremos, como o salmista, que um dia na presença de Deus, em comunhão com Deus, vale mais do que mil em outro lugar. Todos os dias precisamos de algo, mas nenhum dia precisaremos de qualquer coisa mais do que precisamos de Deus. Por isso, tenha sede de Deus. Todo dia. Busque-o, todo dia. Com todo seu coração.