Há dois anos, quando já havia iniciativas concretas para a fabricação de tablets no Brasil, estabeleceu-se uma bizantina discussão sobre a classificação aduaneira – e portanto tributária – das modernas engenhocas com telas sensíveis ao toque. Na prática, tratava de estender aos tablets os incentivos fiscais concedidos aos computadores.
Apesar da defesa da indústria de que seria interessante igualar os tablets aos notebooks, o governo, após longa deliberação, entendeu estabelecer uma nomenclatura específica para os novos aparelhos. Os argumentos para a estratégia variava – houve quem dissesse que os tablets não possuem teclados, portanto são diferentes dos notebooks – ou quem defendeu uma política industrial específica para os dispositivos.
A decisão atrasou projetos de fabricação nacional dos tablets, ainda que a própria indústria minimize essa questão. “São fatores para os quais quem é do ramo já está preparado”, diz o vice presidente da Samsung, Benjamin Sicsú. “Seria menos burocrático ter uma mesma classificação, mas o que importa é que isso já está resolvido”, completa.
Fonte: Bahia Econômica