Brasileiro

Brasileiro

“Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”

Antropologicamente, somos forjados por três culturas. Os indígenas, que esperavam da natureza, os negros que esperavam do divino, do transcendente, e os portugueses, por sua vez, esperavam da Corte.

Ou seja, todo mundo esperava. Esperar algo de alguém ou de uma instituição foi um ponto em comum das raças que se miscigenaram e originaram o brasileiro e a sua cultura. Então, o brasileiro acredita que sempre haveria alguém para ajudar a fazer algo. Alguém olharia por você, o seu destino seria sempre traçado por esse alguém, humano ou divino. Dessa forma, ao longo dos anos, formamos uma sociedade dependente desse alguém, uma sociedade da espera.

Em tempos de relações globais, essa situação evidencia-se ao nos compararmos com outros países como as sociedades alemã, japonesa e norte-americana, países onde as culturas do ” faça você mesmo” e do self-made man são correntes.

Não há culpa nos brasileiros, pois está é sua essência, onde cada um carrega o seu calvário e uma cômoda preguiça de pensar, um estágio de lânguido torpor como o do ópio, onde as pesquisas eleitorais refletem sempre a busca de um mito que irá resolver todos os problemas.

O que quero dizer realmente? Que o tempo das definições aprendidas, com o índio, o negro e o português chegou ao fim, vivemos hoje a realidade consciente de nosso passado. O alívio corre nas minhas veias. Eu o seguirei para todos os lugares, mas não para o abismo.

João Misael Tavares Lantyer
CI 2013413
Cel. 98844-5504
Endereço: Av. Euclides da Cunha 662/1101, Graça.

*Este artigo emite, exclusivamente, a opinião do autor

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