Brasil tem epidemia estabilizada, mas sem tendência de queda, analisa OMS

Rua Santa Ifigênia. Centro de SP. Foto: Cacalos Garrastazu/Fotos Públicas
Rua Santa Ifigênia. Centro de SP. Foto: Cacalos Garrastazu/Fotos Públicas

O diretor de emergências sanitárias da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, afirmou na sexta-feira (17), que a transmissão do coronavírus no Brasil atingiu um platô. Ou seja, o número de novos casos se estabilizou e a curva não está mais subindo como antes.

Segundo Ryan, o país agora tem uma oportunidade para tentar controlar o surto. No entanto, ele advertiu que ainda não há uma tendência de queda em novas infecções e que serão necessárias ações sustentáveis por parte das autoridades.

“O aumento de casos no Brasil não é mais exponencial, atingiu um platô. O vírus não está dobrando na comunidade como era antes, então o aumento não é exponencial“, disse.

Segundo ele, o número de novos casos chegou a um platô de 40.000 a 45.000 por dia, sem aumentos como aqueles observados em abril e maio.

Ryan afirmou ainda que o número de reprodução agora parece estar entre 0,5 e 1,5 no Brasil. A cifra designa o potencial de propagação de 1 vírus dentro de determinadas condições. Se ele é superior a 1, cada paciente transmite a doença a pelo menos mais uma pessoa, e o vírus se dissemina. Se é menor do que 1, cada vez menos indivíduos se infectam, e o número dos contágios retrocede.

Por outro lado, ele destacou que o país ainda não conseguiu controlar o surto. “Até agora, no Brasil e outros países, é o vírus que está no comando, que está ditando as regras. Nós é que precisamos ditar as regras em relação ao vírus.”

“Os números se estabilizaram. Mas o que eles não fizeram foi começar a cair de uma forma sistemática e diária. O Brasil está ainda no meio da luta. E não há maneira de garantir que a queda vai ocorrer por si“, disse.

Segundo Ryan, o país deve aproveitar a oportunidade da estabilização no número de novas infecções para suprimir de vez a transmissão. “Há 1 platô, há uma oportunidade para o Brasil empurrar a doença para baixo, para assumir o controle. Para suprimir o vírus. Para isso, é necessário um conjunto de ações aplicado de forma sustentada.”

Fonte: Bahia.ba

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui