O Ministério da Saúde divulgou na quinta-feira, 14 de maio, que o Brasil tem 31.790 profissionais de saúde infectados com o novo coronavírus. O número de trabalhadores com suspeita da covid-19 já chega a 199.768.
O levantamento é feito por meio de um sistema específico, em que a unidade de saúde deve notificar profissionais com quaisquer sintomas de gripe. Ainda há 114.301 testes para a doença em processamento.
De acordo com os registros, técnicos e auxiliares de enfermagem lideram a lista das categorias com mais pessoas contaminadas, são 68.250 profissionais que contraíram a covid-19. Em seguida estão enfermeiros, 33.733; médicos, 26.546; recepcionistas, 8.610; outros agentes de saúde, 5.013; agentes comunitários, 4.917, entre outras profissões.
São Paulo, epicentro da doença no país, lidera a lista de estados com mais profissionais com suspeita, 65.507, e infectados, 14.831. Já o Rio de Janeiro, estado que está com o sistema de saúde à beira do colapso, tem 29.413 em investigação e 4.451 confirmados. Na Bahia, 643 profissionais da saúde foram confirmados para covid-19, conforme boletim de ontem (14).
Questionado sobre como esses profissionais serão substituídos, o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, afirmou que o diálogo entre governo federal, estados e municípios é essencial. “Precisamos compreender esse cenário e dar o suporte necessário para substituir esses profissionais.”
Falta de EPIs
No Dia Internacional da Enfermagem, celebrado em 12 de maio, o Conselho Federal de Enfermagem divulgou uma nota denunciando a escassez de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para todos os profissionais de saúde.
“O acesso a EPIs é fundamental para proteger a saúde das equipes médicas e deve ser priorizado para essas equipes. Além disso, há uma necessidade urgente de assegurar que os EPIs e outros materiais médicos estejam disponíveis e acessíveis por meio de medidas nacionais e de cooperação intergovernamental”, escreveu o CFE.
Em abril, uma pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM) revelou que 50% dos médicos que atuam no combate contra a covid-19 enfrentam, no local onde trabalham, a falta de EPIs, principalmente as máscaras N95 ou PFF2, adequadas para bloquear o coronavírus.
Outros 38,5% afirmaram faltar proteção facial, 26% acusaram a falta de óculos, 31%, de aventais, 36,5%, de máscaras cirúrgicas e 21,5%, de orientação ou programa para atendimento.
Fonte: Exame