“Ele se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.” (Tito 2.14)
Na fé cristã, por causa da graça que nos alcançou as boas obras não podem ser um evento, um fato ocasional, algo para ocasiões especiais. As boas obras devem ser o cotidiano da vida cristã. Não devem ter o papel de nos aliviar a consciência ou promover uma imagem religiosamente correta de nossa igreja. Devem ser parte de nossa natureza. Melhor dizendo, de nossa nova natureza que está se estabelecendo como parte da boa obra que Deus realiza em todos que recebe como filhos por meio da fé em Cristo Jesus! (Fl 1.6)
A graça de Deus tem o poder de nos fazer pessoas boas, em intenções e atitudes, em pensamentos e obras. Pessoas bondosas o são porque realizam boas obras – uma árvore se conhece pelos frutos (Mt 7.16). E elas são de muitos tipos: incluem o modo como lidamos com a natureza, com as pessoas, com nossas responsabilidades, com nosso dinheiro, com desconhecidos, com amigos, com aqueles que nos ferem. Incluem o modo como resolvemos problemas, como lidamos com a dor do outro e com suas fraquezas. Pessoas bondosas sabem ouvir, respeitar e servir. Elas são uma dádiva para famílias, empresas, igrejas e condomínios.
Boas obras não são um caminho para que sejamos aceitos por Deus, como nossa lógica humana facilmente nos faz pensar. Neste caso nosso relacionamento com Ele se daria por mérito, mas o caminho desse relacionamento é a graça! E não é o mérito porque simplesmente não conseguiríamos atender ao padrão divino. Mas em comunhão com Deus, recebendo seu amor, perdão e sendo inspirados por Sua bondade, poderemos consistentemente ser mais bondosos e melhorar a cada dia. As boas obras são resultado da presença de Deus e de Seu amor. E aqueles que compreendem e creem assim, são de fato bons! E bons com dedicação!
ucs