BOM TESOURO: AMOR E SANTIDADE

“O homem bom, do seu bom tesouro, tira coisas boas, e o homem mau, do seu mau tesouro, tira coisas más.” (Mateus 12.35)

Leon Tolstói, talvez o maior escritor russo de todos os tempos, dizia que as pessoas se diferenciam uma das outras de muitas formas. Uma delas está na ordem que observam para fazer o que fazem: algumas primeiro pensam, depois falam e estão agem. Outras, ao contrário, primeiro falam, depois agem e, por último, pensam. Devemos considerar em qual dos grupos estamos? Refletimos sobre várias cosias ao longo dos últimos dias em relação à nossa comunicação, sobre o que andamos falando, se temos honrado a Deus e feito bem às pessoas, se temos sido corretos e se nossas conversas têm sido saudáveis. Como foi para você? Há algo em que mudar? Refletiu ou justificou-se?

Jesus disse que pessoas boas, do seu bom tesouro, tiram coisas boas para entregar a outros enquanto falam. Um bom tesouro não diz respeito às informações que temos aos versículos que sabemos de cor. Certamente que um texto bíblico é sempre bom. Mas o que as pessoas mais ouvem e com o que mais são tocadas, é com o tipo de ser humano que revelamos ser. Quando falamos nos revelamos. Precisamos entender que saber uma verdade cristã e proclamá-la com nossas palavras, não faz de nós essa pessoa boa de que Jesus está falando. A pessoa boa é mais que isso, é uma obra da ação da palavra de Deus em sua própria vida. As vezes, em nome da verdade que sabemos de cor, desprezamos o amor que deveríamos demonstrar na vida. Às vezes, por causa da verdade que queremos defender, atacamos, julgamos e ferimos o nosso irmão. Pensamos com isso estar sendo fiéis ao Evangelho, mas não percebemos que estamos seguindo em sentido contrário a ele.

Nesses tempos de tantos acontecimentos tristes, em que valores e princípios estão sendo questionados e desprezados, parece que tem crescido uma sede por reação. Há quem cobre posicionamentos, declarações, considerando que seria indispensável isso para quem verdadeiramente está comprometido com o Evangelho. Mas há outras formas de lidar com a situação. Um debate ou uma declaração contrária não são os únicos caminhos e nem são indispensáveis na proclamação do Evangelho. O que mais precisamos é mostrar com nossas vidas a misteriosa combinação entre santidade e amor, vida correta e misericórdia. Parece que estamos sempre nos isolando num dos pontos. Os amorosos falham na santidade, e os santos no amor. E com isso o Evangelho não é lido em nossas vidas. Sejamos o homem bom, que do seu bom tesouro, tira coisas boas. E que Deus seja honrado por meio de nosso amor santo e de nossa santidade amorosa.

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