“Que o Senhor o abençoe desde Sião, para que você veja a prosperidade de Jerusalém todos os dias da sua vida, e veja os filhos dos seus filhos. Haja paz em Israel!” (Salmos 128.5-6)
Este salmo fala sobre os frutos da vida de quem teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos. Fala de contentamento e paz, de família e longevidade. Fala de poder ver os filhos dos filhos e de sonhar com a paz para a nação. Mas tudo começa com uma realidade pessoal e interior: O temor ao Senhor. A expressão “temor do Senhor” nem sempre é bem compreendida por nós. Facilmente temos a ideia de medo, de ameaça. E algumas pessoas lembram-se rapidamente de textos bíblicos que falam de castigos e punições. Mas seu significado é bem outro. Imagine que esteja dirigindo seu carro quando, repentinamente, um homem segurando uma arma pula no meio da estrada gritando para que você pare e ameaçando atirar. E, temendo, você para. Não é este o tipo de temor que Deus espera de nós e que pode tanto abençoar nossa vida familiar e pessoal.
Vamos voltar à estrada. Você está dirigindo e vê à sua frente um carro da Polícia Rodoviária e o oficial, devidamente fardado, faz sinal para que você pare. E, temendo, você para. Mas agora é diferente, pois sua submissão expressa a consciência de que aquela pessoa tem autoridade para interromper sua viagem e verificar seus documentos. É esse o temor que Deus espera de nós e que tanto nos abençoa e à nossa família. O temor do reconhecimento de quem Deus é. Um temor que nos leva à obediência, mas não por medo, por sentir-se ameaçado. Mas por crer e saber que Ele tem autoridade para interferir e nos pedir para fazer diferente do que gostaríamos. Por confiar que Sua vontade é, de fato, boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Há um jeito peculiar de se viver a vida e de se enfrentar situações quando vivemos como pessoas que temem a Deus. Por isso diz o provérbio: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1.7).
Há muitas pessoas que vão ao templo, mas nem todas vivem como quem teme a Deus. Há em suas vidas uma triste contradição entre o modo como são vistas na igreja e o tipo de pessoa que são em casa. Isto está errado. Não somos perfeitos e jamais seremos, mas precisamos ser saudáveis e precisamos melhorar. Vivendo de maneira falsa, enganosa, não viveremos no temor do Senhor. Devemos ser realistas, verdadeiros, buscar ao Senhor, nos arrepender de nossos pecados e aprender a temê-lo da forma certa. Talvez não vejamos os filhos dos nossos filhos e talvez nem mesmo tenhamos filhos, mas nossa vida será como deve ser e seremos uma boa dádiva para quem divide conosco a vida. Em 2016, desejo que você cresça no temor do Senhor e aprenda a viver e agir melhor. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com você.