Ou o título poderia ser barril nuclear. Não sou só eu que pensa assim, mas é só dar uma olhada nos telejornais. Convocação de trezentos mil soldados, anexação de quatro territórios ucranianos, onde o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, considera a anexação uma intensificação perigosa da guerra. Um país que com este tirano, obcecado, e com pensamentos alucinógenos de expansão, sonega o futuro de paz no mundo. Meus dedos vacilam sobre o telhado. Tudo que eu achei que soubesse sobre esta guerra, que esperava terminar logo, de repente flutuou para longe de mim como um balão que a gente solta sem querer. E o tempo vai andando perigosamente com este impasse, onde existem gritos estridentes de centenas de vozes morrendo diariamente, a fumaça das bombas, as ruas cheias de destruição obscurecendo a paisagem. Nenhum ucraniano hoje sente o toque delicado do sol, e os moradores das regiões anexadas, com um plebiscito forjado, tiveram que escolher um lado, afetando seu status de residência. É difícil para um ucraniano tornar cidadão russo, e há muitas pessoas que consideram isto vergonhoso: um ucraniano se tornar cidadão do país de seus antigos opressores. Uma guerra absurda e, pela lógica das coisas ilógicas, mais cedo ou mais tarde, sem mais nem menos, pode sair do controle e o mundo tenha que enfrentar a bomba atômica.
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