Bancos restringem crédito consignado do INSS por teto de juros, diz jornal

Bancos restringem crédito consignado do INSS por teto de juros, diz jornal
Bancos restringem crédito consignado do INSS por teto de juros, diz jornal. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Alguns bancos, como Itaú Unibanco, Banco Pan, Mercantil e BMG, estão restringindo a oferta de crédito consignado do INSS por meio de correspondentes bancários, informou o jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (11).

A medida foi tomada devido ao teto de juros de 1,66% ao mês para empréstimos pessoais e 2,46% para cartões de crédito, que, segundo as instituições, torna a operação inviável frente aos custos de captação, superiores a 14% ao ano. As informações do InfoMoney.

O Itaú afirmou que suspendeu temporariamente o crédito consignado do INSS por correspondentes, mas mantém o produto disponível diretamente em suas agências e no aplicativo para beneficiários que recebem no banco. O Banco Pan, Mercantil e BMG adotaram postura semelhante, justificando que o modelo não é sustentável dentro do limite de juros imposto.

A decisão ocorre em meio a uma disputa jurídica liderada pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC) no Supremo Tribunal Federal (STF). A entidade contesta a competência do INSS e do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) para determinar os tetos de juros, argumentando que essa atribuição cabe exclusivamente ao Conselho Monetário Nacional (CMN), conforme a Lei 4.595/64.

Segundo a ABBC, o uso da taxa Selic como referência para o teto é inadequado, pois não reflete os custos de captação de longo prazo. A associação também critica a falta de agilidade em ajustar os tetos de juros diante de mudanças na Selic.

Atualmente, 70 instituições financeiras estão autorizadas a operar empréstimos consignados do INSS, enquanto 41 podem oferecer o cartão de crédito e 24 o cartão de benefício.

O Ministério da Previdência defende que as regras, aprovadas em maio pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), protegem consumidores contra abusos, especialmente no contexto de alto endividamento de aposentados e pensionistas. Os bancos votaram contra a proposta.

Fonte: Bahia.ba

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