Porto Seguro e região tem crédito específico para o turismo no BNB

Por Bárbara Martau

O banco oferece crédito com taxa de 3%, explica Regina do Carmo Santana, gerente geral do Banco do Nordeste de Porto Seguro

Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento da região, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) está oferecendo uma linha de financiamentos com juros baixos e prazos mais longos destinada a empreendedores. A vantagem se estende a empresas e produtores de todos os portes, do mini a grande, e nas mais diversas atividades, tais como indústria, comércio, construção civil, serviços, cultura, turismo, agricultura e pecuária. Até o dia 30 de junho, a taxa de juros é de 3% ao ano, e a partir de 1º de julho até 31 de dezembro, de 4% ao ano, sem IOF e sem correção monetária. O prazo máximo de carência é de 4 anos e para pagamento, de 8 anos, totalizando 12 anos.

Esses recursos contemplam a modernização, reforma, relocalização, ampliação dos empreendimentos, financiamento de máquinas, equipamentos, veículos utilitários, caminhões, softwares, móveis e utensílios, além de capital de giro associado. O banco também está financiando, com taxa de 3%, a aquisição de imóvel para empresas que querem deixar de pagar aluguel e adquirir sede própria. Na área rural, o banco só não financia aquisição de terra. Todo o restante, como reforma de pastagem, aquisição de animais e de produtos para plantação, entre outros, pode ser financiado. Em Porto Seguro e região, o BNB oferece uma linha específica para o turismo, também com taxa de 3%.

“O diferencial do Banco do Nordeste é operar com essa taxa baixa de juros, independente do porte do empreendedor. Outro grande diferencial é que, junto com essa linha de crédito, pode vir associado o capital de giro. É o único banco que oferece capital de giro com taxa fixa e prazo longo”, destaca a gerente-geral do BNB em Porto Seguro, Regina do Carmo Santana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O BNB atua em todos os estados da região Nordeste e no Norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. A agência em Porto Seguro foi inaugurada em dezembro de 2012, na rua 13 de Maio, 50, no Centro, e atende também os municípios de Santa Cruz Cabrália e Belmonte.

Fundo

Os recursos oferecidos pela linha de crédito provêm do Fundo Constitucional do Desenvolvimento do Nordeste (FNE). “O Banco Nordeste do Brasil é um banco federal. Um percentual do que o governo arrecada em impostos é destinado ao Fundo para ser repassado, em forma de empréstimos, a quem quer investir na região”, afirma Regina. “O BNB é o único repassador desses recursos em todo o Nordeste”, acrescenta.

Anualmente o banco recebe uma verba para aplicar. No ano passado, foram R$ 10,6 bilhões para investimento em linhas de crédito. Desse total de recursos, o governo determina que 51% sejam destinados às mini, micro e pequenas empresas e produtores. Os 49% restantes são distribuídos para o médio e grande investidor. “É uma taxa subsidiada pelo governo federal. Na verdade, é um dinheiro do cidadão que está sendo oferecido, por isso nos sentimos na responsabilidade de levar ao conhecimento dos empresários que eles têm à disposição esses recursos”, comenta.

Regina destaca que não há valor mínimo ou máximo para o crédito. “Financiamos de acordo com a necessidade da empresa. O que limita o valor do financiamento é a capacidade de pagamento e a garantia oferecida pela empresa. O banco pede 130% de garantia. Ou seja, se o empréstimo for de R$ 100 mil, serão oferecidos R$ 130 mil de garantia.”

Como obter o financiamento

O primeiro passo para obter o crédito é fazer um cadastro da empresa e dos sócios no banco. Se o valor a ser requisitado for acima de R$ 200 mil, é preciso apresentar uma carta consulta, cujo modelo é fornecido pelo próprio BNB. Com o cadastro aprovado, o empreendedor é autorizado a apresentar o projeto do investimento ao banco. A elaboração desse projeto é feita por um consultor credenciado pelo BNB em um software do banco.

O prazo de análise do projeto até a liberação da primeira parcela dos recursos é de 90 dias. Regina ressalta, porém, que ao dar entrada para análise é preciso que o projeto já esteja com toda a documentação completa.

A liberação dos recursos é feita por etapas, de acordo com o cronograma físico e financeiro do empreendimento. Para a liberação de cada parcela, é preciso que o empreendedor preste contas do que está sendo investido. “Ele precisa apresentar nota fiscal de tudo o que está sendo gasto com o dinheiro do financiamento”, alerta. “A primeira parcela é liberada independente de comprovação, porque o investidor tem que ter o dinheiro para começar.” Já a segunda parcela dependerá da comprovação, através de nota fiscal, de tudo o que foi gasto com os recursos da primeira parcela, e assim sucessivamente. Se for um projeto acima de R$ 200 mil, um técnico vai ao local e verifica se o que está fisicamente pronto corresponde ao valor que está liberado. Se positivo, libera a próxima parcela.

Para pagamento, o prazo máximo é de 4 anos de carência e 8 anos para pagamento. “O projeto elaborado pelo consultor credenciado para ser apresentado ao banco é que mostra qual será o prazo adequado de pagamento, de acordo com a capacidade da empresa. Às vezes a empresa nem necessita desses 12 anos”, diz a gerente. Durante o período de carência, a cada 3 meses são pagos os juros. Quando termina a carência é que começa o pagamento das prestações mensais.

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