Bancários entram em greve em todo o País, por tempo indeterminado

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Por Lúcio Andrade/ O Sollo

Bancários de todo o país entraram em greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No início do dia, pelo menos 11 estados e o Distrito Federal tinham agências fechadas.

Em Teixeira de Freitas, as agências amanheceram fechadas com os adesivos comunicando a greve. Apesar de ter sido noticiado a possibilidade de greve pela mídia, muita gente foi pega de surpresa. Seu Pedro Oliveira Guimarães, morador do bairro São Lourenço, ficou surpreso ao chegar na agência bancária da Caixa Econômica Federal, e encontrar tudo paralisado. Ele precisava pagar o boleto da prestação do financiamento de seu carro que estava atrasado. “Agora, vou ter que esperar a greve terminar, para pagar minha dívida, e com mais juros”, desabafou.

Atendimento

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.

Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.

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Greve passada

A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.

Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.

“É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, explica que a orientação é que todas as agências fechem já no primeiro dia. Por isso, a participação e a colaboração são importantes. “Vamos entrar em greve por conta da intransigência dos bancos, que ofereceram apenas 6,5% de reajuste salarial. Precisamos fazer um movimento para conquistar vitórias”.

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Já o diretor do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia, Thomaz Edson Andrade, afirmou que “Entre as muitas reivindicações, está a questão social, com a contratação de mais trabalhadores para melhorar o atendimento bancário, além da segurança bancária, e, o mais delicado, a segurança dos correspondentes bancários, locais que estão sem a devida proteção. Além disso, o Sindicato não aceita a política de abono, porque não é favorável para o trabalhador, e com reajuste abaixo da inflação. Por isso, a greve nacional”, afirmou.

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