Baleia

Baleia

Quando estivemos em Ushuaia, conhecido como o fim do mundo, fizemos um passeio de barco até o farol do fim do mundo e, para surpresa de todos, vimos no caminho uma majestosa baleia, imensa e, ao mesmo tempo, tão ágil. O corpo escuro e elegante, ondulando, gracioso, se destacava iluminado pelo sol contra o espelho cintilante da superfície, margeando a fina camada de água, por vezes rompendo-a com o topo das costas. Ela mostrou sua longa barbatana e rumou para águas distantes, para aquele lugar sem nome, um “lá”, simplesmente, bem longe no azul sem fim. Seguiu vagando, deslizando no lusco-fusco do entardecer. Subia de tempos em tempos para lançar jorros de água. Pode ficar até uma hora e meia sem respirar. Depois disso, ela sobe depressa em busca de ar.

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