A Bahia só será contemplada com pouco mais de 20 quilômetros de duplicação da BR-101 Sul. A denúncia foi feita pelo presidente estadual do Democratas, Paulo Souto, durante a viagem que fez sábado (15/05) ao Extremo Sul, visitando as cidades de Mucuri e Nova Viçosa, na companhia dos ex-prefeitos José Ronaldo, de Feira de Santana, Nilo Coelho, de Guanambi, do deputado federal, Fábio Souto (DEM), e do deputado estadual, Sandro Régis (PR).
Segundo Souto, de acordo com o projeto de concessão do Ministério dos Transportes, que será discutido em audiência pública no próximo dia 24, em Vitória/ES, a duplicação do trecho da BR-101 Sul, que vai da divisa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e deveria ir até o entroncamento com a BR-324, em Feira de Santana, quando entra no território baiano, para no acesso a Mucuri.
“A expectativa inicial era que a concessão da rodovia federal abrangesse o trecho do Rio de Janeiro, atravessasse o Espírito Santo e chegasse até o entroncamento da BR-324, em Feira. Mas infelizmente mais uma vez a Bahia foi preterida e o atual governo estadual não defendeu com veemência os interesses baianos”, afirma o ex-governador.
Paulo Souto observa que a publicação do aviso de audiência pública, que dispõe sobre os estudos de viabilidade técnica e econômica, deixa claro o trecho da rodovia federal que será duplicada e pedagiada, apenas até Mucuri.
A limitação do trecho até Mucuri teria sido resultado da pressão de lobby do governo e de empresários capixabas, pois o aumento da extensão do trecho do alargamento da pista incorreria num valor mais alto do pedágio, devido à necessidade de mais investimentos da futura concessionária.
Para o ex-governador baiano, na pior das hipóteses a duplicação da BR-101 Sul deveria ser estendida, pelo menos, até Teixeira de Freitas ou Eunápolis. “O que se fala é que o trecho Mucuri/Eunápolis vai ser colocado no PAC 2. Mas estranhamente o Departamento de Obras do Exército elabora ainda projeto só até Teixeira de Freitas. Nada de Eunápolis, muito menos até o entroncamento da BR-324, em Feira”.
A medida, na opinião de Souto, prejudica a economia baiana. “Deixar de duplicar a BR-101 Sul até o entroncamento da BR-324, passando por Teixeira de Freitas, Eunápolis e região cacaueira, significa a drenagem do fluxo de produtos e mercadorias para fora do estado, em vez de para dentro da Bahia, como nos interessa”.
Fonte: Ascom de Paulo Souto / Presidente do DEM-BA