Bahia lança campanha para combater e prevenir o coronavírus

Bahia lança campanha para combater e prevenir o coronavírus
Bahia lança campanha para combater e prevenir o coronavírus. Foto: Camila Souza
Com o slogan ‘A prevenção está em nossas mãos’, o Governo do Estado lançou uma campanha contra o coronavírus nesta terça-feira (17). A iniciativa reforça as medidas mais importantes a serem adotadas neste primeiro momento, como lavar as mãos, utilizar álcool em gel 70% e evitar lugares com aglomerações, procurando manter uma distância de um metro entre as pessoas. Participaram do lançamento os secretários de Comunicação Social, André Curvello, da Saúde, Fábio Villas-Boas, e da Educação, Jerônimo Rodrigues.
Toda a campanha, incluindo um vídeo institucional, com 27 segundos, está disponível para download no site da Secretaria de Comunicação Social (www.secom.ba.gov.br). “A comunicação é uma ferramenta fundamental para esta luta contra o coronavírus e pode ser determinante para a prevenção. Nesta primeira fase, estamos fazendo um apelo aos meios de comunicação, digital ou não, para que veiculem essa campanha, para que ela atinja a maior quantidade de pessoas em todo o estado, com foco principalmente na limpeza e na higienização”, explicou André Curvello.
O cuidado com fake news também foi destacado por Curvello. “As informações falsas não contribuem em nada para o desenvolvimento da sociedade. Então, fazemos este apelo ao povo: cuidado com as informações de whatsapp, procurem os canais de comunicação institucionais e os veículos mais tradicionais para se informarem sobre o coronavírus”.
Bahia preparada
O secretário da Saúde afirmou que o trabalho na Bahia para controlar o coronavírus foi iniciado há 60 dias, assim que começou a epidemia na China. “O planejamento começou com um aspecto fundamental, que é a capacidade de fazer diagnóstico. Para isso, nós fizemos uma ampliação do Laboratório Central, adquirimos equipamentos e testes diagnósticos que somente agora outros laboratórios públicos do país estão começando a comprar e não estão mais encontrando. Enquanto outros estados demoram até cinco dias para obter o resultado, nós detectamos o vírus em até 24 horas”.
Segundo o Vilas-Boas, são mais de 600 casos suspeitos em toda a Bahia e 13 confirmados até o momento. “Ou seja, 2% foram confirmados, o que significa que 98% dos casos não eram coronavírus”.
O secretário lembrou ainda que, na Bahia, ainda não há a contaminação comunitária, aquela que ocorre sem que seja possível identificar a origem. “Nós temos planejada a próxima onda, quando haverá transmissão comunitária, e as pessoas infectadas estarão em número maior, com as mais graves precisando de respiração mecânica. Hoje nós temos a condição de montar imediatamente 140 leitos de UTI na Bahia e vão chegar mais respiradores. Nossa capacidade está além do que precisamos. Nas próximas duas semanas, de cada 100 casos identificados, cinco vão precisar de ventilação mecânica”.
De acordo com ele, o planejamento é que os pacientes que necessitarem de ventilação mecânica seja atendidos em Salvador. “Eles ficarão no [Instituto] Couto Maia, que terá a maior centro de terapia intensiva dedicado a esses pacientes do país”.
Barreiras sanitárias
Em relação às barreiras sanitárias nas BRs 101,116 e 242, o secretário da Saúde disse que “todos os ônibus e caminhões serão parados. Quem tiver alteração de temperatura será acompanhado. Vamos atuar nos aeroportos de Salvador, Porto Seguro, Vitória da Conquista e Ilhéus, verificando os voos, especialmente os provindos de São Paulo e Rio de Janeiro”.
 
Educação
A Bahia possui mais de três milhões de estudantes, contabilizando cerca de 800 mil matrículas apenas na rede estadual em 2020. “Somente de professores, merendeiras e outros profissionais da educação, são 60 mil trabalhadores que continuam recebendo seus salários normalmente, enquanto as aulas estiverem suspensas [nas cidades com casos confirmados de coronavírus]”, informou Jerônimo Rodrigues.
Segundo o secretário, a intenção é não deixar os estudantes parados, disponibilizando material para estudo por meio das redes sociais, dos grupos de WhatsApp das escolas, ou mesmo encadernado nas próprias unidades. “Os calendários também serão adequados, para que os alunos não sejam prejudicados. A nossa preocupação é com quem está no terceiro ano do Ensino Médio, que vai prestar Enem, vestibular e concursos”.

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